Diretor destaca a importância de Heloísa Juaçaba na criação do Museu de Arte da UFC

Imagem: D. Heloísa JuaçabaA perda de uma grande anima, além de uma grande artista. É como o diretor do Museu de Arte (Mauc) da UFC, Prof. Pedro Eymar, resume o sentimento pela morte da artista plástica cearense Heloísa Juaçaba. Ela faleceu na noite dessa terça-feira (17), aos 87 anos, de causas naturais, em Fortaleza. "Ela teve um papel fundamental, junto ao [primeiro] Reitor Martins Filho na ideia e criação do Mauc", diz Pedro Eymar.

O diretor do Museu conta que D. Heloísa Juaçaba atuou muito na coleta de obras para o acervo e muito do que consta hoje na Sala de Cultura Popular foi conseguido com a ajuda dela. Além disso, duas obras de autoria de Heloísa estão na Sala dos Fundadores. "Ela conseguia reunir o talento artístico e a atuação na promoção da arte, no incentivo a novos talentos. Dirigiu também o Departamento da Cultura da Prefeitura de Fortaleza e a Casa de Cultura Raimundo Cela", acentua Eymar.

Pela importância de Heloísa para a UFC e para as artes cearenses, o Conselho Universitário da UFC já havia aprovado a concessão da Medalha do Mérito Cultural a ela, porém a entrega não chegou a acontecer. "Era uma figura marcante pela determinação, doçura e capacidade de congregar", ressalta.

QUEM É – Natural de Guaramiranga (CE), Heloísa Juaçaba integrou a Sociedade Cearense de Artes Plásticas (Scap), tendo iniciado sua carreira na década de 1950. Como pintora, escultora, tapeceira, desenhista, gravadora, colecionou prêmios em importantes mostras como Salão de Abril, Unifor Plástica e Mulher Maio Mulher. Sua atuação no cenário cultural do Ceará foi além das atividades como artista plástica. Dirigiu o Departamento da Cultura da Prefeitura de Fortaleza e a Casa de Cultura Raimundo Cela. Foi responsável ainda, no Ceará, pelo Sistema Nacional de Museus. Foi casada com o médico Haroldo Juaçaba, falecido em 1º de junho de 2009, aos 90 anos.

Fonte: Pedro Eymar, diretor do Mauc/UFC – fones: 85 3366 7481 / 3366 7482