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Alunas de Engenharia Química recebem menção honrosa em congresso nacional

Imagem: Thainá Nobre e Santângela Oliveira, alunas do Curso de Engenharia Química (Foto: Divulgação)Estudantes do Curso de Engenharia Química da UFC apresentaram no XI Congresso Brasileiro de Engenharia Química em Iniciação Científica, realizado recentemente em Campinas (SP), novos métodos, processos e materiais testados em laboratórios da Universidade. Entre os 480 trabalhos acadêmicos apresentados no congresso, dois estudos da UFC receberam menção honrosa no COBEQ IC.

Santângela Oliveira e Thainá Nobre são coautoras do artigo científico "Adsorção De Imunoglobulinas G em Sílicas Mesoporosas do Tipo Sba 15", estudo do Laboratório de Processos de Separação (LP1) apresentado na área de processos biotecnológicos.

Laís Coelho Lopes e Raíssa Sales Alves, do Grupo de Pesquisa em Termofluidodinâmica Aplicada (GPTA), expuseram, na sessão voltada à Engenharia das Separações e Termodinâmica, o "Estudo do Equilíbrio Líquido-Líquido para o Sistema Contendo Biodiesel Metílico de Coco Babaçu, Metanol e Glicerol".

No laboratório LP1, onde ingressaram ainda no primeiro semestre de graduação, ao serem aprovadas no programa Jovens Talentos para a Ciência, as estudantes do 6º semestre testaram novas formas para isolar a proteína Imunoglobulina G (IgG), presente no soro humano, e que reforça o sistema de defesa do organismo, agindo como anticorpo. A IgG é utilizada em tratamentos contra doenças infecciosas e na fabricação de remédios. Desde 2013, a equipe, composta também pelo doutorando Diego Romão e pelo professor do Curso de Engenharia Química Ivanildo José da Silva Junior, testa materiais para separar essa proteína.

Atualmente, o grupo utiliza a sílica Sba 15, sintetizada no laboratório da Universidade de Málaga (Espanha), para a reação. As duas tentaram potencializar esse reagente com o elemento químico zircônio. "O Sba é muito fácil de ser modificado; adicionando zircônio queríamos testar se iria adsorver mais a proteína ou não", afirma Santângela.

No laboratório GTPA, as estudantes de graduação Raíssa Sales Alves e Laís Coelho Lopes, a doutoranda Aline Mara Maia Bessa e os professores Rílvia Saraiva e Hosiberto Batista de Sant´Ana pesquisam sobre a purificação do biodiesel de coco babaçu, estudo que também recebeu destaque no COBEQ IC.

O babaçu é uma planta nativa da região Norte e Nordeste e da sua semente é extraído óleo que pode ser convertido em biocombustível. Raíssa foi responsável por explicar o estudo aos congressistas. Ela destaca o potencial socioeconômico do manejo desta oleaginosa e a necessidade de avançarem os testes para a produção do biodiesel.

"Esse tipo de estudo é fundamental para o desenvolvimento de processos de otimização da produção de biodiesel. Três componentes do sistema são presentes no processo produtivo: o biodiesel, o produto principal; o metanol, um reagente em excesso; e o glicerol, um subproduto. Em nosso estudo, o glicerol funciona como extrator do álcool em excesso ao final da reação, facilitando a separação dos produtos e proporcionando a purificação do biodiesel", explica ela.

Testando a separação dos líquidos em duas temperaturas, 20 e 40 graus Celsius, as bolsistas de iniciação científica puderam exercitar o conhecimento teórico e trabalhar em conjunto com a equipe do laboratório. "Muitas soluções para as dificuldades do nosso sistema foram buscadas dentro dos nossos conhecimentos de sala de aula, assim como na troca de informação com os demais participantes do grupo de pesquisa. É sempre interessante estar em contato direto com o que se pode fazer na Engenharia Química e trocar experiências sobre isso".

Os trabalhos da Engenharia Química da UFC apresentados no COBEC IQ 2015 podem ser acessados on-line.

Fonte: Assessoria de Comunicação do Centro de Tecnologia – fone: 85 3366 9602

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