Ato nesta quarta-feira (12) marca os 300 transplantes de medula óssea no Ceará

Imagem: Banner de campanha de doação de medula ósseaO Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC), em parceria com o Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará (Hemoce), ultrapassou a marca dos 300 transplantes de medula óssea (TMO) no Ceará. Para registrar esse feito, o HUWC e o Hemoce realizam ato nesta quarta-feira (12), às 8h30min, no auditório do Hemoce (Av. José Bastos, 3.390, Rodolfo Teófilo).

Na ocasião, haverá homenagem aos "Amigos do TMO", pessoas que contribuíram para esse feito, e o descerramento da placa comemorativa pelos 300 procedimentos realizados.

A parceria HUWC/Hemoce já contabiliza, de 2008 até 13 de março deste ano, 311 transplantes de medula óssea, sendo 258 autólogos, 52 alogênicos e 1 haploidêntico. O transplante do tipo autólogo consiste no autotransplante. Ou seja, o próprio paciente é a fonte de células-tronco hematopoiéticas. Nesse procedimento, o paciente faz uso de uma medicação que estimula a produção de células-tronco e realiza a coleta dessas células presentes no sangue por meio de um processo automatizado chamado aférese. Essas células, então, são armazenadas por congelamento. Em um segundo momento, o paciente é internado e submetido a altas doses de quimioterapia e posterior infusão das células-tronco que estavam armazenadas.

No transplante alogênico, Fernando Barroso, chefe da Unidade de Onco-hematologia do Hospital Universitário Walter Cantídio, explica que há a figura do doador, que pode ser aparentado (irmão, por exemplo) ou não aparentado (proveniente de bancos de doadores, como o Redome – Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea). "O paciente é submetido a altas doses de quimioterapia e, em alguns casos, radioterapia também. Um dia antes de o paciente receber as células-tronco, a coleta é feita no doador. Após a infusão das células doadas, o paciente permanece internado até que a nova medula comece a funcionar normalmente", explica o hematologista.

INEDITISMO – No caso do transplante haploidêntico, realizado pela primeira vez no Ceará no dia 18 de outubro de 2016, houve 50% de compatibilidade entre doador e receptor. Nesse caso, foi a mãe do paciente que doou as células. "A realização do transplante haploidêntico pode ajudar a resolver a questão de pacientes que não têm doador compatível e não podem esperar até encontrar um doador com compatibilidade. A possibilidade de contar com um parente que seja 50% compatível revolucionou a área dos transplantes, porque hoje praticamente todo mundo tem um doador, pode ser o pai, a mãe, um irmão e até um primo", diz o médico. A Unidade de Onco-Hematologia do HUWC é a única do Estado a realizar transplante de medula óssea pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e a primeira a fazer o do tipo haploidêntico no Ceará.

SOBRE O HOSPITAL – O HUWC integra o Complexo Hospitalar da UFC e é uma filial da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), estatal vinculada ao Ministério da Educação que administra atualmente 39 hospitais universitários federais. O objetivo é, em parceria com as universidades, aperfeiçoar os serviços de atendimento à população, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), e promover o ensino e a pesquisa nas unidades filiadas. O órgão, criado em dezembro de 2011, também é responsável pela gestão do Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais (Rehuf), que contempla ações nas 50 unidades existentes no País, incluindo as não filiadas à Ebserh.

Fonte: Unidade de Comunicação Social do Complexo Hospitalar da UFC – fones: 85 3366 8183 e 3366 8577