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Ação nesta quarta (19), no Porangabuçu, marca o Dia Mundial de Combate à Doença de Chagas

Imagem: Ilustração de barbeiro numa casa de taipa com um "X" em cima dele na cor vermelhaO Laboratório de Pesquisa em Doença de Chagas, vinculado ao Departamento de Análises Clínicas e Toxicológicas da Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem (FFOE) da Universidade Federal do Ceará, realizará nesta quarta-feira (19) ação educativa pelo Dia Mundial de Combate à Doença de Chagas, 14 de abril.

Alunos e professores ligados ao Laboratório estarão, das 8h30min às 13h, no pátio das mangueiras (ao lado da Biblioteca de Ciências da Saúde, na Rua Alexandre Baraúna, 1019, Rodolfo Teófilo, Campus do Porangabuçu), distribuindo folhetos educativos e orientando o público sobre prevenção, diagnóstico e tratamento da doença, causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi e transmitida principalmente por insetos triatomíneos, popularmente conhecidos como barbeiros.

Mesmo depois de 108 anos da descoberta, essa doença parasitária tropical ainda é "endêmica em 21 países, com estimativa de 7 a 8 milhões de pessoas infectadas, 75 a 90 milhões de pessoas em risco de infecção e 14 mil mortes anuais em todo o mundo, principalmente na América Latina", de acordo com dados do Laboratório. Na fase crônica pode atingir o coração e os sistemas digestivo e nervoso.

No Brasil, as regiões Norte e Nordeste ainda representam grande preocupação em termos de risco de transmissão da doença. A diretora do Laboratório de Pesquisa em Doença de Chagas da UFC, Profª Fátima Oliveira, explica que por ser uma doença comum em áreas rurais acomete mais as pessoas pobres, que residem em moradias inadequadas. Com a migração dessas populações para cidades, há casos registrados também em capitais.

Ela esclarece que, além da contaminação pelo barbeiro, as pessoas podem contrair a doença por transfusão de sangue, por via oral (por exemplo, pela ingestão de caldo de cana ou açaí in natura contaminados) ou pela gestação. Há alguns anos, após a divulgação de casos de contaminação de cana e açaí, a vigilância sanitária em relação a esses produtos foi reforçada.

REFERÊNCIA – Para oferecer tratamento e acompanhamento aos pacientes crônicos, foi criado, em 2005, no Laboratório de Pesquisa em Doença de Chagas, o Serviço de Atenção Farmacêutica aos Pacientes com DC no Ceará. Referência no Estado, o serviço destina 47% de todo o medicamento benzonidazol distribuído no Ceará a 525 pacientes, acima de 18 anos e provenientes de vários municípios do Estado, cadastrados com prescrição do remédio.

A mestranda em Ciências Farmacêuticas Allana Carla da Costa, que participará da ação educativa, destaca que o serviço prestado "traz vários benefícios para o paciente como também para o Estado, minimizando os riscos associados ao uso do benzonidazol, reduzindo os custos com internação, evitando sequelas por reações adversas, reduzindo as taxas de morbi-mortalidade e melhorando a qualidade de vida dessas pessoas".

Ela realiza pesquisa para verificar a existência de pacientes com a doença de Chagas nos bancos de sangue e na Central de Transplantes. Observa que no Brasil, atualmente, predominam os casos crônicos decorrentes da infecção por via vetorial em décadas passadas. "Diante disso, resta o desafio de prestar assistência aos infectados na fase crônica, dentro da realidade da DC no Estado do Ceará", diz.

Fonte: Profª Fátima Oliveira, diretora do Laboratório de Pesquisa em Doença de Chagas da UFC – fone: 85 3366 8265

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