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Campi de Sobral e de Itapajé realizam programações especiais em celebração aos 70 anos da UFC

Partilha de relatos e memórias, encontros, debate, música e planos para o futuro. Esses foram os destaques que marcaram a programação UFC 70 anos no Campus de Sobral nesta semana, por ocasião da passagem da Caravana UFC 70 Anos no município. Com participação de docentes, TAEs e estudantes, os eventos evidenciam a importância e a potência de todos os campi da Universidade no interior do Estado.

As atividades tiveram início na segunda-feira (9), no auditório do Bloco I, com abertura da exposição “UFC 70 anos: uma história das histórias do campus de Sobral”, da qual fazem parte produções artísticas assinadas por servidores e estudantes. Fotografias, pinturas, textos e vídeos compõem o material reunido, com destaque para o vídeo “Era tudo mato – a nossa história na UFC campus de Sobral” – um recorte da trajetória do curso de Psicologia.

A produção traz uma sequência de imagens que resgatam desde as primeiras turmas e estrutura inicial da graduação até seus últimos avanços, passando por formaturas, oficinas, disciplinas, mobilizações e professores, entre outros momentos.

Em seguida, o público conferiu a apresentação da música “Campus floridos”, com os servidores Marcelo Mateus de Oliveira, Simone Sousa, João Emanoel Benvenuto, José Álvaro Lemos, Guilherme Freire e Ubeneí Sousa. A composição foi criada em homenagem à trajetória dos quase 20 anos do Campus de Sobral – que abriga os cursos de Ciências Econômicas, Finanças, Engenharia da Computação, Engenharia Elétrica, Odontologia, Psicologia, Medicina e Música.Imagem: servidores no palco cantando e tocando

Em sua fala durante a cerimônia, o reitor da UFC, Custódio Almeida, destacou justamente um trecho da letra da canção, ao abordar o conceito e o papel da Universidade. “Gosto muito desse refrão, a Universidade é realmente uma história que não termina. É uma instituição que não se desinstala, ela é para sempre”, reforçou, antes de anunciar os vencedores do concurso “Melhor foto do campus Sobral”.

Com o objetivo de trazer diferentes olhares daqueles que vivenciam o campus em seu cotidiano – TAEs, professores e estudantes –, o concurso foi uma das atividades planejadas para o ciclo comemorativo dos 70 anos da UFC, dividido nas categorias Pessoas, Arquitetura, Animais, Natureza e Comédia.

“Esse tipo de ação vai criando outras teias na Universidade. Estar na Universidade não é só fazer um curso de graduação. É conseguir se embrenhar na diversidade que ela tem, de raças, credos, ideologias. É um lugar que forma nossa visão do todo e nos faz mais universais”, observou Custódio.

Imagem: reitor Custódio Almeida em pé no palco, atrás do púlpito

Seguindo sua fala, o reitor comemorou a programação UFC 70 anos e os avanços que estão por vir, tanto institucionais quanto nas estruturas dos campi. Além da própria Caravana, Custódio mencionou a biografia da Universidade, atualmente em produção pelo escritor cearense Lira Neto; do ginásio poliesportivo e novos prédios que em breve serão finalizados no Campus de Sobral; do Campus Iracema e do novo Hospital Universitário, futuros equipamentos em Fortaleza.

RELATOS DE EGRESSOS – Destaque da noite, o encontro “Trajetórias universitárias: amizades, carreiras e histórias de vida” reuniu egressos dos cursos oferecidos no Campus de Sobral para apresentarem seus relatos sobre a experiência na Universidade e como ela impactou suas vidas. Os participantes foram sugeridos por professores e coordenadores das respectivas graduações, tanto pelo desempenho acadêmico quanto pelo peso simbólico de alguns aspectos em suas caminhadas dentro e fora da UFC.

Para facilitar a condução do debate, cada egresso foi orientado a escolher uma palavra que melhor representasse o significado da Universidade em suas vidas. Oportunidade, desenvolvimento, superação e descoberta foram algumas delas. Em todas as falas, foram destacados elementos que vão além da sala de aula, a exemplo dos vínculos com colegas e servidores; os contatos e incentivos que ajudaram no início da carreira; as redes de apoio que tornaram possível a permanência nos cursos; e o papel fundamental das políticas públicas de acesso à educação e à cultura.

“Filho de projetos como Amigos da Leitura”, como ele mesmo se define, Jackson Crispim escolheu a palavra “travessia” para representar sua experiência no ensino superior. Egresso do curso de licenciatura em Música, Jackson foi aluno de rede pública de ensino durante toda a formação escolar e a primeira pessoa da família a fazer uma graduação.

Para ele, estar na Universidade é “estar em outro lugar além da sua realidade. Ela oferece a oportunidade de exercitar seu olhar para os lados, de enxergar que você também é a sua comunidade, seu bairro, sua família, sua escola”, pontuou. Assim como outros egressos, Jackson emociona-se por hoje desempenhar o mesmo trabalho de seus ex-professores e de poder passar aos seus alunos o mesmo encorajamento que recebeu como graduando.

Para Juliana Maria do Nascimento Mota, graduada em Psicologia e, atualmente, professora substituta do mesmo curso, as políticas públicas de acesso à educação também foram fundamentais. Aluna da primeira turma de cotistas “50-50” (que se beneficia tanto da cota de 50% das vagas gerais destinadas a alunos da rede pública quanto da cota de 50% dessas vagas específicas para pessoas de baixa renda), Juliana escolheu a palavra “esperançar”. Seu primeiro contato com a UFC aconteceu bem antes de virar caloura, quando via seu pai, servente de obras, trabalhar na construção do bloco do curso de Odontologia, no Campus de Sobral.

Imagem: grupo de egressos no palco, sentados em cadeiras lado a lado

“Fiz cursinho comunitário, fui mãe solo adolescente, fui cotista. Minha trajetória nesta Universidade foi feita também por muitas mulheres que vieram antes de mim. A luta é coletiva”, definiu. Nesse processo, Juliana destacou a importância das redes de apoio, “que te sustentam para você não desistir”, mencionando o exemplo da professora Denise Silva Vasconcelos. Falecida em 2022, a docente era tida por muitos alunos como exemplo de acolhimento e incentivo – não por acaso, foi retratada em uma das artes presentes na exposição “UFC 70 anos: uma história das histórias do campus de Sobral”.

Já a experiência de Clotério Ponciano Lima se diferencia pela idade do egresso: aos 55 anos, com os filhos criados e estabelecido na profissão, resolveu voltar a estudar e passou para Medicina em Sobral. Hoje, aos 64, trabalha como médico na região, inclusive dentro do programa Mais Médicos.

“Aprendi e ensinei muito, morei em república, foi uma experiência magnífica. Não tem nada melhor para a gente do que se reinventar, recomendo a todo mundo”, declarou, enquanto revelava sua palavra escolhida: “renovação”.

ATIVIDADES – A programação UFC 70 anos no Campus de Sobral seguiu também na terça (10), com a mesa-redonda “Universidade e ciência: lugares de mulher”, com a profª Adeline Stervinou; a vice-reitora da UFC, profª Diana Azevedo; e a vice-diretora do Campus de Sobral, profª Rita Helena Gomes, além do projeto Pôr do Som e feira de economia criativa.

Nesta quarta (11) e quinta-feira (12), foi a vez do campus de Itapajé realizar sua programação em alusão ao aniversário da UFC e à passagem da Caravana, também com atividades culturais, apresentações artísticas, debates e encontro de egressos, incluindo palestra com a ONG Movamus (Movimento de Valorização da Mulher) e apresentação da Camerata de Cordas da UFC.

Fonte: Secretaria de Comunicação e Marketing (UFC Informa) – e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

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