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Secretaria de Meio Ambiente da UFC e Prefeitura de Fortaleza realizam limpeza do Açude Santo Anastácio, do Campus do Pici 

Quem acessa o Campus do Pici Prof. Prisco Bezerra pela entrada da avenida Humberto Monte avista, pouco antes da Biblioteca Central Prof. Francisco José de Abreu Matos, um canteiro com coqueiros enfileirados e, à esquerda, o Açude Santo Anastácio (ASA), paisagem marcante do local que está passando por uma grande ação de limpeza através de parceria entre a Secretaria de Meio Ambiente da Universidade Federal do Ceará (UFC) e a Prefeitura de Fortaleza.

Imagem: A imagem mostra uma área com vegetação densa ao redor de do Açude Santo Anastácio. No centro, há uma escavadeira em operação, removendo plantas aquáticas ou sedimentos. A escavadeira está descarregando o material removido em um caminhão basculante ao seu lado, que está parado em uma área de terra. Trabalhadores com equipamentos de proteção supervisionam a operação. O céu está claro, com algumas nuvens, e a área corresponde ao Campus do Pici Prof. Prisco Bezerra.

Iniciados no último dia 29 de outubro, os trabalhos devem seguir até a primeira quinzena de dezembro para garantir a remoção de macrófitas aquáticas e outros resíduos da área da bacia hidrográfica do açude, com cerca de 12,8 hectares.

Desde o início da ação, já foi coletado um montante correspondente a 50 caminhões-caçamba. Realizado de segunda a sexta-feira, das 7h às 17h, o serviço conta com a utilização de uma retroescavadeira hidráulica e de caçambas da EcoFor, operadas por trabalhadores vinculados à Secretaria de Gestão das Regionais (SEGER) da Prefeitura de Fortaleza, que coordena a ação por meio da Defesa Civil. Um barco do Laboratório de Geologia e Geofísica Marinha e Aplicada à Energia (LGMA), coordenado pela Profa. Narelle Maia de Almeida e vinculado ao curso de Geologia da UFC, também está sendo usado para acessar e cortar a vegetação composta por aguapés e taboas que não pode ser realizada pela retroescavadeira.

A coordenadora-executiva da SMA/UFC, Profa. Aliny Abreu de Sousa Monteiro, explica que a expectativa é de que o espelho d'água do ASA comece a ser visualizado em até 15 dias, dado o volume de macrófitas presentes no reservatório. Para a gestora, os próximos passos para a área envolvem uma articulação integrada de órgãos públicos. “Nosso planejamento é de fazer uma ação mais efetiva e duradoura em parceria com a Prefeitura de Fortaleza e a CAGECE, por exemplo, porque a limpeza também depende de saneamento básico de todo o trecho que vem da Lagoa da Parangaba e acompanha todo o canal até a chegada ao Açude Santo Anastácio. Isso depende de ações conjuntas”, defende a docente. 

O coordenador de Resíduos da SMA/UFC, Prof. Daniel Uchôa, explica que a expansão das macrófitas no espelho d’água do açude impede a passagem de raios solares para a água, causando a morte de peixes e plantas aquáticas. A quantidade exacerbada de aguapés também agrava a saúde do reservatório por consumir grande parte do oxigênio da água. “A mortandade da vida aquática pode gerar mal cheiro e desconforto, e a expansão das macrófitas também compromete o próprio aspecto visual da área. Esse açude é um cartão postal da Universidade, e nós temos que cuidar dele com carinho. No início dos trabalhos da SMA, nós estabelecemos muitos planos para ele, incluindo o contorno da Matinha do Pici, com a manutenção desse espaço sempre limpo para futuras ações de lazer para a comunidade e também para fazer dele um açude-escola”, explica o professor.

INTERESSE ECOLÓGICO O Açude Santo Anastácio integra a Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE) da Matinha do Pici, unidade de conservação municipal reconhecida por lei desde 2016 e localizada no campus da UFC.

A SMA/UFC está trabalhando para reabrir a trilha ecológica da Matinha e, para isso, articulou junto à Secretaria Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente (SEUMA), em setembro deste ano, uma reunião com a empresa do consórcio responsável pela realização dos planos de manejo das unidades de conservação municipais. “Pedimos a instalação do conselho gestor da área e solicitamos também a elaboração do plano de manejo para reger todos os usos e as recomendações dessa unidade de conservação”, contou Aliny Abreu.   

A coordenadora-executiva da SMA/UFC antecipou, ainda, que está prevista para dezembro uma nova oficina diagnóstica sobre a ARIE da Matinha do Pici, que se somará a que foi realizada em outubro último, no Centro de Convivência do Campus do Pici, com a participação de líderes comunitários, professores, vereadores, alunos, pesquisadores e ambientalistas como primeiro grande movimento para a elaboração do plano de manejo da área. A previsão da docente é que o documento seja publicado no início de 2025.

Fonte: Profa. Aliny Abreu de Sousa Monteiro, coordenadora-executiva da Secretaria de Meio Ambiente da UFC – e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. 

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