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Sexta, 21 Fevereiro 2025 16:50

Escrito por UFC Informa

Na manhã desta sexta-feira (21), 27 profissionais de diferentes especialidades da saúde e do serviço social, vinculados a instituições de assistência de 10 municípios do Ceará foram certificados no primeiro Curso de Formação Multiprofissional em TEA (Transtorno do Espectro Autista). Desenvolvido pelo Núcleo de Tratamento e Estimulação Precoce (NUTEP), que abriga ações de extensão da Universidade Federal do Ceará (UFC), o curso é uma das ações do programa ConecTEA, idealizado pelo gabinete do deputado federal Danilo Forte. A iniciativa foi realizada com suporte da Fundação de Apoio à Cultura, à Pesquisa e ao Desenvolvimento Institucional, Científico e Tecnológico (Fundação CETREDE) e do Centro de Aperfeiçoamento Visual Ver a Esperança Renascer (CAVIVER).

A cerimônia aconteceu no auditório da Reitoria da UFC, com presença do reitor Custódio Almeida e do deputado Danilo Forte. Também participaram da mesa da solenidade o presidente do NUTEP e professor do Departamento de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente da Faculdade de Medicina (FAMED/UFC), José Lucivan Miranda; a coordenadora do projeto ConecTEA, Adriana da Costa Silva; a professora do Departamento de Fisioterapia da FAMED/UFC, Fabiane de Sá Pinheiro; o presidente da Fundação CETREDE, Francisco José Rabelo do Amaral; e a diretora-presidente do CAVIVER, Islane Verçosa.

Na plateia, estiveram presentes também representantes das gestões dos municípios contemplados pelo projeto: Alto Santo, Beberibe, Irauçuba, Jaguaretama, Jaguaribara, Jaguaribe, Solonópole, São Gonçalo, Pentecoste e Uruburetama.

Ao longo de 10 meses, em encontros presenciais em Fortaleza, o curso abordou teorias e práticas relacionadas ao trato e ao cuidado de crianças e adolescentes (até 14 anos) diagnosticadas ou que apresentem sinais do espectro autista, bem como ao acolhimento de suas famílias. Os profissionais certificados são das áreas de Fisioterapia, Terapia Ocupacional, Fonoaudiologia, Serviço Social, Educação Física, Enfermagem, Psicomotricidade, Biologia e Psicologia. Agora, eles retornam aos seus municípios de origem capacitados para implementar ações e estratégias de assistência voltadas às necessidades desse público.

Em sua fala, o professor José Lucivan Miranda recordou a história do NUTEP, quando iniciou suas atividades atendendo bebês prematuros procedentes da Maternidade-Escola Assis Chateaubriand (MEAC/UFC). Em 38 anos de funcionamento, o NUTEP expandiu sua atuação e hoje presta serviços de saúde especializados em intervenção precoce e reabilitação para crianças de até 12 anos de idade, como entidade filantrópica, independente da Universidade.

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Ao mesmo tempo, o núcleo também oferece um programa de assistência às famílias e contribui para a formação de profissionais. “O Curso de Formação Multiprofissional em TEA traz a possibilidade de prover uma atenção diferenciada a esses pacientes em seus municípios. É uma iniciativa que não se encerra aqui; continuar estudando é sempre o caminho”, ressaltou José Lucivan.

A previsão do Programa ConecTEA é realizar mais três edições do curso, para turmas de até 30 alunos, contemplando 40 municípios. Para a coordenadora Adriana Silva, trata-se de um passo significativo no avanço das políticas públicas voltadas à inclusão social. “Essa capacitação marcará para sempre esses profissionais e as famílias que eles atendem e levará a outras iniciativas igualmente importantes”, destacou.

O deputado Danilo Forte também comemorou os resultados e as perspectivas da formação, ressaltando a importância da parceria com a UFC por meio do NUTEP. “Conseguimos unir profissionais de 10 municípios para dar mais uniformidade aos seus conhecimentos e na promoção de um atendimento mais acolhedor e eficiente de pessoas que sofrem com estigmas e que precisam do amparo de políticas públicas”, pontuou.

Em consonância com a fala do parlamentar, o reitor Custódio Almeida reforçou a necessidade de dar seguimento e expandir a iniciativa. “Esse trabalho de saúde pública precisa ser estruturado o máximo possível. Que a sociedade passe a entregar um lugar de vida plena às pessoas do espectro, que elas sejam integradas de fato”, observou.

Quebrando o protocolo, o reitor convidou um dos profissionais formados pelo curso para fazer uma fala de encerramento. Coube à assistente social Amaralina Oliveira a responsabilidade de representar os colegas. Coordenadora do Núcleo de Especialidade Infantil (NEI) de Uruburetama, ela considera o curso um divisor de águas. “Conviver com as singularidades do TEA requer conhecimento, sensibilidade e amor. O projeto ConecTEA nos trouxe essa possibilidade”, reconheceu.

“Foram muitas trocas e partilhas. Aprendi o que seria uma comunicação alternativa, como realizar uma oficina de treinamento de pais, sobre intervenção alimentar, sobre plano terapêutico”, seguiu, reservando elogios aos profissionais do NUTEP e agradecimentos aos idealizadores do projeto.

Fonte: Núcleo de Tratamento e Estimulação Precoce (NUTEP) – fone: (85) 3223.4522