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Agência UFC: Óleo obtido das vísceras da tilápia vira na UFC produto cosmético para hidratação e restauração de pele e cabelos

Além de ter espaço privilegiado na culinária local, a tilápia vem ganhando importância na medicina pelas inúmeras aplicações de sua pele em tratamentos inovadores de queimaduras e úlceras, em cirurgias de reconstrução vaginal, na redesignação sexual e na veterinária. Entretanto, suas vísceras seguem sendo um resíduo sem uma destinação sustentável, ainda mais considerando que o Brasil é o quarto maior produtor mundial do peixe.

Na busca por uma solução para esse problema, um grupo de pesquisadoras da Universidade Federal do Ceará (UFC) desenvolveu um produto de uso farmacêutico e cosmético a partir do óleo obtido dessas vísceras. Trata-se de um óleo com ação hidratante e restauradora da pele e dos cabelos, que utiliza nanotecnologia para ampliar a sua eficácia e reduzir reações adversas. O invento acaba de receber sua carta-patente e avança em seu desenvolvimento para iniciar seu registro e sua comercialização.

Imagem: Foi desenvolvido um novo processo de extração do óleo de tilápia, garantindo um produto livre do cheiro de peixe e adaptado ao uso cosmético (Foto: Guilherme Silva/UFC)

Os testes realizados pelas pesquisadoras comprovaram que o óleo de tilápia desenvolvido, quando utilizado em máscaras capilares, é eficaz em selar as cutículas e restaurar o aspecto saudável de cabelos danificados por descoloração química e/ou uso de secadores. Para seu uso cosmético, as pesquisadoras tiveram primeiro que garantir que o produto não apresentasse o característico cheiro de peixe do óleo da tilápia, o que foi alcançado por meio do estabelecimento de um novo processo de extração do óleo.

Outros ensaios in vitro também demonstraram que o óleo e suas formulações, por meio da nanotecnologia, são eficazes na distribuição de bioativos nas camadas internas da pele (epiderme e derme). Com isso, o produto mostrou seu potencial para superar uma das principais limitações de produtos farmacêuticos: a penetração cutânea. Dessa forma, o óleo também poderá ser aplicado como um nanocarreador para a indústria farmacêutica, servindo como um minúsculo invólucro de substâncias importantes, protegendo-as de fatores como oxidação ou calor e liberando-as lentamente, o que torna os tratamentos mais eficazes.

Imagem: As pesquisadoras responsáveis pelo invento, Camila Peixoto (esq.) e Profª Nágila Ricardo, do Departamento de Química Orgânica e Inorgânica, mostram o óleo de tilápia puro e a sua nanoformulação (Foto: Guilherme Silva/UFC)

O produto é o tema da matéria desta quinzena da Agência UFC, que traz mais detalhes sobre o invento, além de informações sobre o atual status do estudo e os passos para sua comercialização. O texto completo está disponível no site da Agência UFC.

Fontes: Camila Peixoto, egressa do doutorado em Química da UFC – e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. / Nágila Ricardo, professora do Departamento de Química Orgânica e Inorgânica da UFC – e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

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