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Quinta, 28 Setembro 2023 15:42

O reitor da Universidade Federal do Ceará, Prof. Custódio Almeida, recebeu, na manhã de terça-feira (26), representantes do Instituto Mirante de Cultura e Arte. O instituto é a organização social responsável pela gestão de equipamentos culturais importantes no Estado, como a Estação das Artes, a Pinacoteca do Estado, o Museu da Imagem e do Som, o Sobrado Dr. José Lourenço e o Centro Cultural do Cariri.

Durante o encontro, o reitor apresentou ao grupo detalhes do projeto do Corredor Cultural, um circuito que liga a Reitoria à Estação das Artes, promovendo a requalificação dos bairros Benfica e Centro. A apresentação está exposta no Museu de Arte da UFC (MAUC), com mapas, maquetes e vídeos explicando o conjunto de intervenções previsto, bem como o planejamento das várias fases do projeto.

O projeto do Corredor prevê várias intervenções na região, a começar por mudanças no trânsito. A ideia é priorizar o pedestre nesse circuito, sem desconsiderar os demais modais de transporte. Também prevê uma revitalização da área, com intervenções nos prédios do MAUC, do Departamento de Arquitetura e Urbanismo e Design e na própria Reitoria, bem como a instalação de um distrito criativo cultural no Plano Diretor de Fortaleza.

“Nós temos a proposta inicial do Corredor, elaborada pelo Curso de Arquitetura e Urbanismo, e nós vamos desdobrá-la. A ideia do Corredor é que ele não seja apenas um acesso aos equipamentos culturais já existentes, mas que ele próprio seja um equipamento de cultura”, explica o Prof. Sandro Gouveia, titular da nova Pró-Reitoria de Cultura da UFC. “A gente quer trabalhar também o conceito da economia criativa. Então, vamos caminhar agora para ouvir a comunidade, ver como a gente pode fazer um trabalho integrando a comunidade nessa proposta", complementa.

Veja outras imagens do encontro no Flickr da UFC

UFC E MIRANTE – O reitor da UFC, Prof. Custódio Almeida, destacou a relação que está sendo construída entre as duas instituições. Segundo o reitor, a equipe do Mirante teve papel importante na concepção inicial do Corredor. “Aliás, as primeiras reuniões sobre o tema foram feitas na sede do instituto”, lembrou. “O Tiago (Santana, diretor-presidente do Mirante) é um grande padrinho da cultura do Ceará e está apadrinhando, também, o projeto do Corredor Cultural. Então, a expectativa é muito boa”, avaliou o Prof. Custódio.

“Eu me considero um visionário, prevendo que o que a gente está pensando hoje é algo que vai acontecer na vida de gerações futuras. E o Tiago também é uma pessoa muito visionária. É o entendimento de que cultura é vida, é sentido para a existência, é educação. Que ela instala paz nos lugares. Então, o que a gente está fazendo é trazer para Fortaleza mais oportunidades de equipamentos culturais e, nesse sentido, instalando mais saúde, alegria e mais paz. É também uma nova dinâmica urbana, que aumenta o potencial turístico", explica.

Já o presidente do Mirante, Tiago Santana, destacou o potencial da parceria entre o instituto e a Universidade. “Pode-se esperar muita coisa dessa parceria”, disse. “Não só nos colocamos à disposição de ajudar e colaborar na construção do Corredor, mas também conversamos muito sobre as diretrizes de como ele pode ser construído e a articulação política para que aconteça”, reforçou.

CONVERSA COM A COMUNIDADE – A partir da experiência da Estação das Artes, Tiago Santana destaca a necessidade da escuta da comunidade do entorno, de modo a reforçar os vínculos entre os equipamentos culturais e seu a comunidade. “Estamos com uma experiência interessante que, somando com a Universidade, pode ser aperfeiçoada, de como se dá essa aproximação com a população. Não pode ser só uma aproximação que depois vai embora”, diz.

O trabalho que vem sendo feito no Mirante é o de conhecer as demandas da comunidade para que os equipamentos culturais façam sentido para seu entorno, estabelecendo vínculos duradouros. “O mapeamento afetivo vem na linha de pesquisa e formação com o desafio de trabalhar no território. Estamos na segunda edição do mapeamento. A primeira foi no Moura Brasil, onde fica inserida a Estação das Artes. Agora, vamos para a segunda edição, no campo do América, para fazer essa conexão com o Museu da Imagem e do Som”, relata Dione Silva, assessora de Políticas Afirmativas e Articulação Comunitária do instituto.

“Ao longo do Corredor Cultural, temos diferentes comunidades. Na região da Reitoria, temos basicamente estudantes, com um perfil específico. Quando se vai para a região da FEAAC, já se tem uma outra comunidade. E quando entra no Centro, muda completamente. Então, a gente precisa ter esse diálogo, inclusive para que alguns equipamentos ao longo do Corredor reflitam isso. E o Mirante? É um parceiro de primeira ordem para que possamos fazer esse projeto integrado”, reforça o Prof. Sandro.

PRÓXIMOS PASSOS – Segundo o reitor, o projeto do Corredor Cultural, que já foi mostrado à bancada de deputados federais, deve ser apresentado agora ao Governo do Estado e à Prefeitura de Fortaleza, uma vez que a iniciativa tem impacto no trânsito, no ordenamento urbano, no turismo e geração de emprego, além da própria área da cultura.

O Prof. Custódio prevê uma conversa com a Câmara de Vereadores para a criação de um distrito criativo cultural na região, como o que vem sendo pensado para o Distrito de Inovação em Saúde, no Porangabuçu. “O Corredor Cultural vai impactar o entorno, o que significa que empresários vão querer instalar outros equipamentos na área, ou seja, é preciso que a Câmara Municipal de Fortaleza faça a regulamentação do trecho, disciplinando o seu uso", explica.

A ideia do reitor é que no aniversário de 70 anos da UFC, em dezembro de 2024, a construção da fase 1 do Corredor já tenha sido iniciada, pelo menos com a colocação do novo piso na área do Benfica. “Queremos que o cenário já esteja modificado nessa época”, disse. O projeto do Corredor está exposto para o público em uma sala no Museu de Arte da UFC (MAUC), enquanto estiver em elaboração.

No encontro de terça-feira (26), pelo Instituto Mirante, estiveram presentes Tiago Santana, diretor-presidente da instituição; João Wilson Damasceno, diretor-executivo; Lindrielli Rocha, gerente de Projetos; Iana Soares, assessora de Formação; e Dione Silva, assessora de Políticas Afirmativas e Articulação Comunitária. Pela UFC, além do reitor Custódio Almeida, também participaram o pró-reitor de Cultura, Prof. Sandro Gouveia, e a pró-reitora-adjunta, Profª Glícia Pontes; o coordenador de Articulação Política Institucional, Daniel Fonsêca, além de vários professores e servidores técnico-administrativos que participaram diretamente da elaboração do projeto.

Fonte: Gabinete da Reitoria – e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.