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Terça, 22 Outubro 2024 17:48

A Companhia de Gás do Ceará (CEGÁS) promoveu, na tarde do dia 18 de outubro, o seminário O Biometano e o Gás Natural na Transição Energética. O evento foi um momento importante de conexão entre a indústria e as ações dos governos federal e estadual, reunindo pesquisadores, empresários e fornecedores do mercado de gás, com foco no tema das energias renováveis. A CEGÁS foi a primeira distribuidora de gás do Brasil a injetar biometano em sua rede de gasodutos. Desde 2018, cerca de 15% do gás distribuído pela CEGÁS é oriundo da decomposição de resíduos sólidos acumulados no Aterro Sanitário de Caucaia (ASMOC).

Um dos destaques do seminário foi a participação da vice-reitora da Universidade Federal do Ceará (UFC), Profa. Diana Azevedo, que teve um papel central no painel “Desenvolvimento de projetos”. Ela apresentou os principais avanços em pesquisas realizadas no âmbito dos processos de adsorção de contaminantes presentes no biogás e no biometano, além de um sistema inovador de armazenamento e transporte de gás natural na forma adsorvida. Esse sistema resultou na primeira carta-patente da UFC em parceria com a Petrobras, um marco para a Universidade e para o setor energético.

Diana Azevedo enfatizou as grandes oportunidades de colaboração entre a academia e o setor industrial, destacando as contribuições da Rede VERDES e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) que ela coordena. “Ao fim do painel, tivemos boas perspectivas de aproximação entre a companhia, os pesquisadores das ICTs cearenses e a usina de biogás e biometano de Caucaia (GNR), que é um aterro sanitário de grande porte. Abre-se a possibilidade de estudos para a implantação de usinas similares de menor porte em outras regiões como o Cariri”, analisou.

O seminário fez parte das comemorações dos 31 anos da CEGÁS e também contou com a participação de diversos pesquisadores. A Profa. Mona Lisa Moura, da Universidade Estadual do Ceará (UECE), apresentou projetos já desenvolvidos em parceria com a CEGÁS, além de abordar a queima de misturas combustíveis e a relação entre gás natural e biometano, tanto no uso industrial quanto em veículos automotores. Foi destacado o potencial da biometanização em projetos que integram a Rede VERDES, coordenada pelo Prof. Célio Loureiro da UFC, com coordenação associada da UECE, com a Profa. Mona Lisa Moura, e do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), com o Prof. Edmilson Mineiro.

O evento reuniu alunos de graduação e pós-graduação, além de pesquisadores envolvidos em projetos da Rede VERDES, como a Profa. Carla Andrade (UFC), o Prof. Francisco Olímpio (UNILAB) e o Prof. Moisés Neto (UFC), entre outros. A Rede VERDES (@redeverdes), pioneira no estado, é composta por mais de 100 pesquisadores de 26 laboratórios pertencentes a 14 instituições de ensino superior (IES) e institutos de ciência e tecnologia (ICT). Esses projetos são fruto de ações integradas entre as unidades de pesquisa cearenses, que atuam desde a pesquisa fundamental até a gestão da inovação, com o objetivo de integrar as atividades de pesquisa com o setor industrial.

Além dos pesquisadores e estudantes, o evento também contou com a presença de figuras importantes para o setor de ciência e tecnologia no Ceará, como o presidente da Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FUNCAP), Prof. Raimundo Costa Filho, e a secretária da Ciência, Tecnologia e Educação Superior do Ceará (SECITECE), Profa. Sandra Monteiro. O seminário reforçou o papel da Rede VERDES como um vetor importante para o desenvolvimento tecnológico do estado, especialmente no campo das energias renováveis, cada vez mais alinhada com as temáticas debatidas em fóruns como esse.

Fonte: Vice-Reitoria da UFC – e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.