Reitoria da UFC recebe encontro de dirigentes das universidades federais brasileiras; programação segue até quinta-feira (31)
- Quinta, 31 Outubro 2024 10:21
A Universidade Federal do Ceará (UFC) é a anfitriã da 175ª Reunião Extraordinária do Conselho Pleno da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (ANDIFES), cuja abertura ocorreu, na tarde de quarta-feira (30), no auditório da Reitoria da UFC. Sediado em Fortaleza, o evento contou com a representação de 51 reitores, vice-reitores e pró-reitores de universidades federais de todo o País para discutir temáticas ligadas às atividades das instituições de ensino superior. A programação do encontro da ANDIFES continua ao longo desta quinta-feira (31).
A recepção aos visitantes ficou a cargo da Camerata de Cordas da UFC-Fortaleza, composta por estudantes do curso de Música, com a execução de peças do cancioneiro nordestino adaptadas para instrumentos de cordas friccionadas. Após a apresentação artística, bastante aplaudida pelo público, o reitor da UFC, Prof. Custódio Almeida, deu início aos trabalhos, dando as boas-vindas às autoridades presentes.
“Com muita alegria, quero saudar todas as reitoras e todos os reitores, em nome da diretoria da ANDIFES, e agradecer, porque vocês estão fazendo parte das celebrações dos 70 anos da UFC. Estamos querendo chamar a atenção para a universidade, que é, sem dúvida nenhuma, a instituição mais universal do ponto de vista territorial, porque está nos quatro cantos do mundo, e a gente não pode perder de vista a missão de conquistar a liberdade e a própria humanidade”, ressaltou.
Na sequência, o presidente da ANDIFES, Prof. Daniel Diniz, reitor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), fez uso da palavra antes da formação da primeira mesa do encontro. “Espero que tenhamos dois dias de trabalho intenso, mas de trabalho também que sirva para estreitar os nossos laços de amizade e de parceria, que são importantes para fazer as nossas universidades cada vez mais fortes”, destacou o presidente.
PALESTRA – Sob a mediação do reitor Custódio Almeida, a mesa “O papel das universidades federais no meio ambiente e a integração entre a cultura e a educação” abordou aspectos ligados às políticas públicas de educação, cultura e meio ambiente e à interlocução das respectivas pastas ministeriais com instituições de ensino superior congregadas na ANDIFES.
Como palestrantes, foram convidados Fabiano dos Santos Piúba, secretário de Formação, Livro e Leitura do Ministério da Cultura (MINC); Alexandre Brasil, secretário da Educação Superior do Ministério da Educação (MEC); e Marcos Sorrentino, diretor do Departamento de Educação Ambiental e Cidadania do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA).
Para Fabiano Piúba, a cultura e a educação são “frutos da mesma árvore sagrada e estão integradas na nossa vida”, com o desafio de pensá-las na perspectiva das políticas públicas e na relação delas com o meio ambiente. O secretário mencionou ainda ações do MINC para fomentar a elaboração de planos de cultura nas universidades brasileiras, com possibilidades de financiamento para equipamentos e atividades culturais, e a concessão de títulos de notório saber pelas instituições de ensino superior para mestres e mestras da cultura de tradição popular.
“Um conceito, que está nos primórdios da palavra, é a cultura como cuidado e cultivo. Nesse sentido, eu penso a ideia da cultura como solidariedade e comunidade, a cultura como um saber-fazer-viver comum, na perspectiva de que tudo o que sabemos, sabemos entre todos e para todos, na confluência entre cultura e educação”, afirmou Piúba.
Segundo Marcos Sorrentino, na atualidade, vivemos uma grave crise socioambiental e civilizatória decorrente do modo de produção capitalista, com mudanças climáticas que afetam a sobrevivência da humanidade e das formas de vida na Terra. “É um grande desafio a mudança cultural que precisa acontecer na sociedade brasileira e planetária na relação com a natureza e o meio ambiente, na compreensão de sentidos existenciais e de propósitos de vida. São mudanças culturais que se constroem por processos educativos”, declarou.
De acordo com o secretário Alexandre Brasil, as 69 universidades federais, com seus 324 campi e mais de 1,3 milhão de estudantes universitários matriculados, possuem um potencial extraordinário para contribuir com o desenvolvimento brasileiro.
“Temos uma presença incrível no território nacional, com uma capilaridade social tremenda, porque os equipamentos que construímos e os recursos humanos existentes em nossas universidades são de extrema qualidade. É mandatório, enquanto universidade pública, esse desafio do diálogo com outros conhecimentos e da reflexão, para encontrar respostas a partir do território, do que é vivido na realidade dos cantões deste País e do que tem sido desenvolvido na rede de universidades federais”, apontou.
Fonte: Gabinete da Reitoria da UFC – e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.