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Quinta, 04 Agosto 2011 11:49

O Instituto de Ciências do Mar da UFC (Labomar), em parceria com o Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), realiza, dias 9, 10 e 12, no Senac, de 8h30min às 14h, oficinas de gastronomia com pratos à base de beijupirá.

As aulas serão ministradas por Victor Castaño, da Escola de Hosteleria do Instituto de Ensino Secundário Valle de Aller – Principado de Astúrias, na Espanha. Ainda será servido, no dia 11, das 16h às 19h, no Restaurante Coco Bambu – Frutos do Mar, um menu de degustação no qual serão observados os diversos modos de preparo e características culinárias do peixe.

As oficinas são voltadas para cozinheiros e chefes de cozinha de restaurantes de Fortaleza. Para participar, eles ou a gerência do restaurante em que trabalham devem enviar e-mail para Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo., solicitando vaga e indicando o dia da oficina a ser cursada. As vagas são limitadas.

Integrante da pesquisa "Estudo prospectivo sobre o mercado nacional do Beijupirá", conduzida pelo Prof. Raúl Madrid, do Labomar, a atividade é direcionada a chefs de restaurantes, atacadistas de pescado e donos de restaurantes. Carne branca, firme, com poucas espinhas e de sabor agradável são algumas características do beijupirá (Rachycentron canadum), peixe de águas temperadas, com maiores concentrações, no Brasil, na zona costeira dos estados do Piauí e Ceará. Com excelentes propriedades para a aquicultura, o pescado, no entanto, é pouco comercializado no País. As oficinas têm como objetivo levantar informações para elaboração de estudo de mercado para o cultivo dessa espécie.

Como explica Raúl Madrid, o beijupirá ainda não se constitui espécie relevante no mercado de pesca nacional devido à característica de não nadar em cardumes, sendo considerada a sua pesca acidental. O pesquisador ressalta, porém, os bons atributos do peixe quando criado em cativeiro. "O beijupirá ou cobia, nome que ele recebe internacionalmente, chega a crescer quase duas vezes mais rápido que o salmão. Por suas qualidades, vem sendo chamado por especialistas de 'salmão de águas tropicais'", afirma.

As oficinas no Labomar encerram uma programação de eventos de degustação promovidos, no primeiro semestre deste ano, para estudo de mercado. Já receberam a iniciativa as cidades Recife e Brasília. Segundo o pesquisador, nas três sedes do evento, os participantes preenchem um formulário no qual respondem a questões acerca da aceitação e viabilidade econômica do pescado.

A etapa seguinte de trabalhos da sub-rede de pesquisa "Nutrição, sanidade e valor do cultivo do beijupirá no Nordeste", totalizando os três anos de projeto financiados pelo Ministério, será de avaliação desses questionários e elaboração de relatório com aspectos relacionados à compra e logística do beijupirá cultivado.

Para conhecer mais sobre a pesquisa, acesse o folder em duas partes: 1 e 2.

Fonte: Prof. Raúl Madrid, Coordenador do Projeto de Estudo Econômico e de Mercado do Beijupirá - fone: 85 3366 7043