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Pôr do Som reestreia sexta-feira trazendo saxofones e rabecas ao Campus do Benfica

Quarteto de Saxofones do CearáNesta sexta-feira (23), a partir das 18h, o projeto Pôr do Som, que promove recitais didáticos no Bosque Moreira Campos (Área 1 do Centro de Humanidades – Campus do Benfica da Universidade Federal do Ceará), dá o pontapé inicial de sua programação de 2012. Na 12ª edição do projeto, se apresentam o Quarteto de Saxofones do Ceará e o mestre rabequeiro Chico Barbeiro. Este último veio a Fortaleza em parceria com o Festival Ceará das Rabecas, realizado de 17 a 19 de março, no Sesc-Iracema. Criado em 2011, o Quarteto de Saxofones do Ceará é formado pelos saxofonistas Arley França, Adriano Martins, Jorge Nobre e Joelder Amora.

Profissionais com atuação marcante no cenário musical cearense, eles são também, respectivamente, maestros das bandas de música dos municípios de Pindoretama, Guaiúba, Ipu e Eusébio. Depois de estudar regência na Inglaterra, Itália e Estados Unidos, o maestro Arley França criou em Pindoretama, em 2011, o 1º Curso de Formação em Regência de Banda de Música, com a participação de 20 maestros de diversas cidades do Ceará. Foi lá que surgiu a ideia de formar, com os participantes, o Quarteto de Saxofones do Ceará. Com a intenção de valorizar a música brasileira, o repertório do grupo inclui composições de Ary Barroso, Luiz Gonzaga, Chiquinha Gonzaga, Ernesto Nazareth, André Filho, Mario Lago, Mathias da Rocha e Pixiguinha, além de arranjos do maestro Jorge Nobre.

Recentemente, o Quarteto fez sua estreia internacional. Em Oslo, na Noruega, participou, de 2 a 4 de março, da REISELIV 2012, Feira Internacional de Turismo e Cultura daquele país. A convite da Embaixada do Brasil na Noruega, o Quarteto foi o único grupo musical brasileiro no evento.

Chico BarbeiroJá Chico Barbeiro é rabequeiro de Baixio (a 415 quilômetros de Fortaleza), onde nasceu em 1944. Com sua rabeca feita com cano de PVC, é dos mestres mais criativos. Com o mesmo material sintético e pedaços de madeira, fez também guitarras e cavaquinhos. Chico Barbeiro é ainda conhecido pelas apresentações descontraídas, empolgando o público que o acompanha.

Integrante do Programa de Educação Tutorial (PET) do Curso de Música quando estudante na UFC, o produtor cultural João Luís Studart, também organizador do Pôr do Som, fala do diferencial de um projeto como o Pôr do Som. "Ele quebra o formato tradicional de show, pois é um recital didático. O artista não apenas toca as músicas, mas acrescenta à apresentação o seu lado educador, possibilitando unir música e conhecimento, também com o objetivo de aproximar estudantes de escola pública para a prática musical". A cada edição, explica Studart, estudantes de escolas públicas estaduais de Fortaleza são levados em ônibus para ver as apresentações na UFC, através de parceria com a Secretaria da Educação do Estado do Ceará.

O Pôr do Som é uma oportunidade para quem gosta de música e aprecia um repertório de boa qualidade, principalmente o instrumental. A realização é da UFC, através do PET-Música e da Coordenadoria de Comunicação Social e Marketing Institucional. Com patrocínio do Banco do Brasil e Banco do Nordeste, o projeto começou em 2010 e prevê a realização de recitais didáticos, sempre na última sexta-feira de cada mês letivo, no Bosque Moreira Campos. Destinado a alunos de escolas públicas e à comunidade universitária, estimula a formação de plateia, a valorização de grupos instrumentais cearenses e a movimentação da agenda cultural da UFC.

Fonte: João Luís Studart, organizador do Pôr do Som e produtor cultural - (fone: 85 8777 2254)

Fotos: Divulgação e Jr. Panela

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