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Victor Khaled, do Movimento Passe Livre, faz palestra, quinta-feira (24), no Campus do Pici

Imagem: Qualidade do transporte público, conforto dos passageiros e valor da tarifa têm sido alguns dos temas mais debatidos desde o início da onda de protestos do Brasil (Foto: Tânia Rêgo/ABr)"Por uma vida sem catracas" é o tema do debate que acontecerá no próximo dia 24, às 8h, no Auditório do Departamento de Geografia da UFC (bloco 911, Campus do Pici), em Fortaleza.

Como palestrante, estará na mesa Victor Khaled, integrante do coletivo Movimento Passe Livre (MPL), de Florianópolis (SC). O debate é promovido pela Associação de Geógrafos Brasileiros (AGB) - Seção Fortaleza, em parceria com o Laboratório de Estudos Agrários e Territoriais (LEAT) do Curso de Geografia da UFC.    

A proposta, segundo os organizadores, é promover a discussão e ir além do debate por um transporte coletivo de livre acesso através da Tarifa Zero. "As catracas que o Movimento Passe Livre repudia é também simbólica. As tantas outras catracas, visíveis ou invisíveis no nosso cotidiano, nos impedem de ir e vir em sentido pleno", diz o material

SAIBA MAIS – O MPL se define como um movimento social brasileiro independente e horizontal. Os princípios e ideias do MPL originaram-se em Salvador (BA), em 2003, através de uma revolta popular contra o aumento da tarifa dos transportes. Estudantes e trabalhadores paralisaram a cidade por 10 dias.

No ano seguinte, inspirados na mobilização em Salvador, estudantes, integrantes de associações de moradores, professores e outras pessoas de Florianópolis foram às ruas reivindicar a redução das tarifas de ônibus, num protesto que ficou conhecido como a "Revolta da Catraca".

Essas experiências de Salvador e Florianópolis fizeram surgir articulações em outras regiões do Brasil. O Movimento Passe Livre nasceu, oficialmente, numa grande plenária no quinto Fórum Social Mundial, em janeiro de 2005, onde diversas pessoas de cidades do País compartilharam suas experiências na luta por um transporte coletivo de livre acesso através da Tarifa Zero.

A mesma ideia se confirmou em 2013, quando as mobilizações tomaram as ruas do Brasil e acenderam no povo revolta e consciência de suas forças em defesa do revogamento das tarifas e inclusão do transporte como direito social básico.

Fonte: Jardélia Damasceno, professora de Geografia, vinculada ao Laboratório de Estudos Agrários e Territoriais – fones: 85 3366 9855 / 3366 9859

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