Reitor convida recém-formados de Medicina a continuarem ligados à Universidade
- Quarta, 03 Dezembro 2014 14:36
Em solenidade de colação de grau realizada nessa terça-feira (2), no auditório da Faculdade de Economia, Administração, Atuária e Contabilidade (FEAAC) da UFC, no Campus do Benfica, o Prof. Francisco Edson de Lucena Feitosa admitiu estar muito emocionado por viver, pela primeira vez, a experiência de ser paraninfo de uma turma de graduandos da Faculdade de Medicina da UFC. Foi ele, também, o orador representante do corpo docente da unidade acadêmica na cerimônia.
Há apenas três anos ele é professor de Obstetrícia, aprovado em concurso público, embora já conte cerca de 20 anos como servidor técnico-administrativo da UFC. Lembra, com satisfação, que sempre fazia parte da relação dos funcionários homenageados. Em seu discurso, citou quatro pilares da bioética, que, entende, devem dar sustentação às ações dos novos médicos: não maleficência, beneficência, autonomia e justiça.
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O Reitor Jesualdo Farias leu o termo de colação de grau e convidou os recém-formados "a não se desligarem desta Casa, que Martins Filho edificou seis décadas atrás. Convido-os a se manterem conectados com a UFC, com seus mestres, com os importantes equipamentos da área de saúde presentes em nosso campus, onde vocês tanto atuaram, iniciando-se nas práticas médicas", discursou.
A concludente Stephanie Diogo Carneiro de Araújo, dizendo-se honrada por representar os colegas naquele momento, fez um pronunciamento no qual agradeceu a Deus, aos pais, aos amigos e aos colegas de caminhada, ao cadáver desconhecido e às pessoas que se tornaram seus pacientes ao longo da formação. Citou Exupéry para falar sobre a grandeza da profissão e Madre Tereza de Calcutá para mostrar a necessidade de se fazer o bem, mesmo que as ações não sejam reconhecidas.
ÉTICA MÉDICA – Para o Prof. Francisco Edson de Lucena Feitosa, um dos pilares da ética médica, a não maleficência, tem importância porque muitas vezes o risco de causar danos é inseparável de uma ação ou procedimento que está moralmente indicado. No exercício da Medicina, observa, "este é um fato muito comum, pois quase toda intervenção diagnóstica ou terapêutica envolve um risco de dano".
Outro pilar, a beneficência, tem sido associado à excelência profissional desde os tempos da Medicina grega e quer dizer "fazer o bem". "De uma maneira prática, isso significa que temos a obrigação moral de agir para o benefício do outro", recomendou o Prof. Edson Lucena Feitosa. O terceiro pilar, autonomia, significa "preservar os direitos fundamentais do homem, aceitando o pluralismo ético-social que existe na atualidade". E acrescentou: "Este princípio obriga o profissional de saúde a dar ao paciente a mais completa informação possível, com o intuito de promover uma compreensão adequada do problema, condição essencial para que o paciente possa tomar uma decisão". Finalmente, o quarto pilar, princípio de justiça, foi tratado pelo orador como necessidade premente, considerado quando se analisam os conflitos éticos que emergem da necessidade de uma distribuição justa de assistência à saúde das populações.
A cerimônia na qual colaram grau 68 formandos da Faculdade de Medicina graduou também, em caráter especial, concludentes dos cursos de Direito, História e Odontologia. Da mesa diretora fizeram parte o Reitor Jesualdo Farias; o Vice-Reitor Henry de Holanda Campos; o Pró-Reitor de Graduação, Custódio Almeida; o Prof. Manuel Oliveira Filho, coordenador do Curso de Medicina; a Profª Elizabeth Daher e o Prof. Francisco Edson de Lucena Feitosa, orador representante do corpo docente.
Fonte: Coordenadoria de Comunicação Social e Marketing Institucional da UFC – fones: 85 3366 7331 e 3366 7332