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Pesquisa resultará em banco de dados inédito que norteará políticas públicas para mulheres

Imagem: A ministra Eleonora Menicucci de Oliveira assinou o convênio para início da pesquisa (Foto: Ribamar Neto)Com a presença da Ministra de Estado da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci de Oliveira, foi assinado, na tarde da última quarta-feira (26), documento que viabiliza o início de pesquisa sobre as condições socioeconômicas e a violência doméstica contra a mulher, coordenada pelo Prof. José Raimundo Araújo Carvalho, do Programa de Pós-Graduação em Economia (CAEN) da UFC.

O ato aconteceu no auditório do Palácio da Abolição e contou também com a presença do Governador Camilo Santana, da Vice-Governadora Izolda Cela e da Presidente do Instituto Maria da Penha (IMP), Maria da Penha Maia Fernandes.

O Reitor da UFC, Prof. Henry Campos – convocado pelo Ministério da Educação para um compromisso em Brasília –, foi representado pela Profª Márcia Machado, Pró-Reitora de Extensão.

Primeiro a falar, o Prof. José Raimundo Carvalho disse querer "olhar nos olhos" de Maria da Penha e dizer: "Nós conseguimos". Referia-se aos mais de dois anos de luta para que a pesquisa ganhasse forma e fosse para campo. Maria da Penha relembrou o primeiro encontro com o pesquisador, na sala da casa dela, oportunidade em que mantiveram as conversas iniciais sobre o projeto.

Imagem: O coordenador da pesquisa, Prof. José Raimundo Carvalho, comemorou o início do trabalho (Foto: Ribamar Neto)O Prof. José Raimundo Carvalho disse estar certo de que, finalizada a coleta de dados, a ser realizada em dois anos, "teremos o maior e inédito banco de dados sobre o assunto, em toda a América Latina". Admitiu ser um projeto ambicioso, mas reconheceu a satisfação de "fazer ciência para a sociedade e não uma ciência de prateleira".

A Profª Márcia Machado destacou o significado da renovação do convênio da Universidade com o IMP, de fortalecimento da discussão relacionada às mulheres. Observou ainda que a UFC desenvolve estudo, há muito tempo, sobre violência, tendo um laboratório especifico sobre o tema, o Laboratório de Estudos sobre a Violência (LEV), que inclui a violência sofrida pelas mulheres.

DEZ ANOS – Em 2016, quando a Lei Maria da Penha completará 10 anos, já haverá uma primeira base de dados, ressaltou a Presidente do Instituto Maria da Penha, assinalando a possibilidade de se ter uma noção do impacto da violência contra as mulheres para nortear as políticas públicas a elas direcionadas.

A Ministra Eleonora Menicucci Oliveira enfatizou ter uma forte ligação com o Nordeste. Lembrou que após ser libertada da prisão (foi presa política na época da ditadura militar no Brasil), morou 12 anos na Paraíba; tem um filho que reside em Natal (RN) e dois netos que são nordestinos. Falou também das relações que mantém com o Ceará, que já visitou diversas vezes, e do conhecimento que tem da força da luta das mulheres cearenses contra a violência.

Imagem: Participaram da solenidade, no Palácio da Abolição, o Governador Camilo Santana, a Vice-Governadora Izolda Cela, a Presidente do IMP, Maria da Penha, a Pró-Reitora de Extensão da UFC, Márcia Machado, e o chefe de gabinete do governador, Élcio Batista (Foto: Ribamar Neto) Como professora (é do quadro docente da Universidade Federal de São Paulo, onde já exerceu a função de Pró-Reitora de Extensão), afirmou: "Sei que a Universidade Federal do Ceará está entre as melhores do País" e, portanto, "essa pesquisa se encontra em boas mãos".

A PESQUISA – Serão mais de 11 mil famílias pesquisadas, nas nove capitais nordestinas, durante dois anos, o que constituirá o maior estudo sobre o tema na América Latina.

"É um projeto de pesquisa pioneiro que vai coletar a melhor base de dados para se estudar violência doméstica em nosso País. Várias perspectivas teóricas vão ser contempladas, como criminológica, sociológica, econômica, de direitos humanos e de saúde pública, dentro de uma metodologia científica de coleta de dados e acompanhamento longitudinal dessas famílias", diz o pesquisador.

Toda a diversidade econômica, cultural e social do povo brasileiro estará presente na pesquisa: diferentes grupos étnicos, de diferentes faixas de renda, níveis educacionais e religiões. Casais homoafetivos femininos e mães solteiras que sofram violência física ou psicológica de atuais ou ex-companheiros integram também o trabalho.

ILUMINAR – "Não tenho dúvida de que os dados coletados pela pesquisa a ser empreendida pela UFC irá iluminar a realidade e, a partir de então, os dirigentes públicos terão mais clareza para implementar políticas que beneficiem as mulheres", disse a Vice-Governadora, Izolda Cela, que encerrou a solenidade.

Fonte: Coordenadoria de Comunicação Social e Marketing Institucional da UFC – fones: 85 3366 7331 e 3366 7332

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