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Projeto Biopeixe recebe prêmio de sustentabilidade da Câmara de Comércio Brasil-Alemanha

Imagem: Unidade de extração e beneficiamento (Foto: acervo dos autores)O projeto de pesquisa e desenvolvimento sobre Extração, Caracterização e Beneficiamento de Resíduos de Peixes para Obtenção de Óleo como Subproduto do Pescado (Biopeixe) recebeu, da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha (Deutsch-Brasilianische Industrie – und Handelskammer), o Prêmio von Martius de Sustentabilidade 2016 na 2º colocação da categoria Teconologia.

A solenidade de entrega da premiação foi realizada na última quarta-feira (19), no auditório da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP).

Coordenado pelo Prof. José Tarcisio Costa Filho, do Departamento de Engenharia de Teleinformática, do Centro de Tecnologia da Universidade Federal do Ceará, o Biopeixe tem como coordenador adjunto o Prof. Jackson de Queiroz Malveira, da Fundação Núcleo de Tecnologia Industrial do Ceará (Nutec), instituição parceira.

São instituições colaboradoras a Ekipar – Engenharia e Processos Químicos, a Secretaria da Agricultura, Pesca e Aquicultura do Estado, a Petrobras Biocombustíveis e o Banco do Nordeste do Brasil.

O trabalho objetiva estudar, especificar, desenvolver e implantar um projeto-piloto envolvendo equipamentos e processos inovadores de extração e de caracterização dos óleos obtidos dos resíduos de peixe (cabeça, nadadeiras e vísceras), sendo o biodiesel uma dentre as várias possibilidades.

O território cearense já abriga grandes unidades produtoras de biodiesel, como a Usina de Biodiesel de Quixadá, da Petrobras, com capacidade prevista de produzir 200 toneladas/dia de combustível.

Nesse contexto, o aproveitamento do grande potencial do Ceará, ainda não explorado, para a produção de ésteres graxos (biodiesel), a partir da extração e beneficiamento de resíduos de peixe, é altamente justificável, pois trará vantagens econômicas (geração de emprego e renda) para a piscicultura comunitária do Estado, atendendo à exigência do selo fiscal de que pelo menos 30% de suprimento de óleo possa ser oriundo da agricultura familiar e, nesse caso, da piscicultura comunitária, argumentam os responsáveis pela pesquisa.

Por conta da proximidade com a usina de Biodiesel de Quixadá, o Parque Aquícola do Castanhão foi o local escolhido para ser cenário da implantação desse projeto de pesquisa e desenvolvimento. Esse parque engloba os municípios de Alto Santo, Jaguaribe, Jaguaretama e Jaguaribara, sede do parque, onde já está em operação e ocorrem testes finais para viabilizar transferência de tecnologia e treinamento do pessoal local para o manuseio da máquina de extração.

São diretamente beneficiados pelo Biopeixe os integrantes da Associação dos Pescadores da Barragem Castanhão e da Cooperativa dos Produtores do Curupati Peixe Ltda. O Prof. José Tarcisio Costa Filho ressalta que está recebendo, de várias localidades do Brasil, pedidos de aquisição de unidades de extração. A Ekipar Engenharia, empresa incubada pelo Nutec, está credenciada para fabricação e venda da unidade de extração.

Fonte: Prof. José Tarcisio Costa Filho, do Departamento de Engenharia de Teleinformática da UFC – fone: 85 3366 9467

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