Livro sobre concepção arquitetônica de escolas no Ceará será lançado na quinta-feira (26)
- Segunda, 23 Outubro 2017 09:42
A concepção arquitetônica de prédios escolares no Brasil, entre o fim do século XIX e a década de 1930, é o mote do livro Arquitetura e instrução pública: a reforma de 1922, concepção de espaços arquitetônicos e formação dos primeiros grupos escolares no Ceará, que a Profª Zilsa Maria Pinto Santiago lança nesta quinta-feira (26), a partir das 19h, no jardim da Reitoria da Universidade Federal do Ceará (Av. da Universidade, 2853, Benfica).
Na ocasião, o livro será apresentado pela Profª Maria Juraci Maia Cavalcante, orientadora da tese que deu origem à obra escrita pela professora no Departamento de Arquitetura e Urbanismo da UFC. O livro integra o campo da história da educação, sob o prisma da cultura material escolar. O Prof. José Liberal de Castro, que escreveu o prefácio da obra, também estará presente ao lançamento.
O livro remonta à época em que o quadro social era de conflito entre tendências tradicionais e modernas tanto na arquitetura quanto na pedagogia e mesmo na economia e na política. Evidencia o processo de Reforma da Instrução Pública de 1922 no Ceará, como condição para a criação de espaços escolares.
Segundo a autora, a obra também "destaca as contribuições e mudanças dessa reforma para o entendimento do sentido de escola, indagando até que ponto os prédios das unidades construídas nesse período, particularmente as de Fortaleza, atenderam ao ideário da educação moderna".
O leitor também encontrará uma reconstituição da memória material das instituições públicas de ensino primário no Ceará. Saberá, por exemplo, que o tipo de organização escolar denominado escola graduada de ensino primário e caracterizado por múltiplas salas de aula, com turmas em vários níveis e um professor para cada turma, surgiu no Ceará na década de 1900, e sua materialização arquitetônica se deu com a criação dos grupos escolares, emergentes nas duas primeiras décadas da fase republicana, tendo maior intensificação na década de 1930.
Para desenvolver a pesquisa, a Profª Zilsa se utilizou principalmente de fontes documentais impressas e imagéticas, de legislação, regulamentos, regimentos e códigos, mas também fez uso de bibliografia referente à história da educação e da arquitetura, além de recorrer a entrevistas. Assim, constatou a existência de três tipos de concepções arquitetônicas escolares: prédios como representação de uma arquitetura erudita, prédios "convenientes" e prédios de tipologia "funcional" ou projeto-padrão.
Fonte: Profª Zilsa Maria Pinto Santiago, do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da UFC – fone: 85 3366 7491