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Começa a I Semana dos Povos Indígenas na UFC; confira a programação

Imagem: Foto de índios da etnia tremembé em evento na UFCPara analisar a questão indígena atual no Ceará e no País, apresentar as culturas indígenas do Estado e fomentar o planejamento de ações destinadas a garantir os direitos constitucionais e projetos coletivos indígenas, acontece de 17 a 20 de abril a I Semana dos Povos Indígenas na Universidade Federal do Ceará.

As inscrições ocorreram até o dia 16, pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo., mediante o envio do nome completo e instituição do interessado.

Com mesas-redondas compostas por representantes dos povos indígenas, pesquisadores e extensionistas das temáticas afins, organizações governamentais e não governamentais que atuam no campo indigenista no Ceará, a Semana visa consolidar a UFC como universidade sensibilizada e comprometida com a inclusão social dos povos indígenas.

A ideia também é ampliar a visibilidade e articulação das ações que já vêm sendo realizadas pela Universidade nesse campo. Também estão na programação do evento mostra artístico-cultural de música, dança, artesanato e outros produtos realizados por indígenas e artistas convidados.

O evento será realizado em três espaços: o auditório Valnir Chagas, da Faculdade de Educação; o auditório Luiz de Gonzaga, do Departamento de Ciências Sociais, no Benfica; e o Anfiteatro Willis Santiago Guerra, da Faculdade de Direito, no Centro. Entre os grandes temas em discussão estão "A arte de ser índio no Ceará", "O ser índio no Ceará sob o olhar da pesquisa científica", "Vida e luta pela terra dos povos indígenas no Ceará" e "O direito do ser índio no Ceará: conquistas, desafios, perspectivas".

A programação completa pode ser acessada on-line. Mais informações estão na página do evento no Facebook.

INDÍGENAS NA UFC – No Ceará, o movimento indígena ganha força a partir dos anos de 1980. Na década seguinte, têm início as primeiras campanhas pela demarcação de algumas terras indígenas: a dos Tapeba, Tremembé de Almofala, Pitaguary e Jenipapo-Kanindé. Resultados do desdobramento da luta pela terra, começam também os protestos por educação escolar diferenciada e assistência à saúde que considerassem as especificidades socioculturais dos indígenas.

A UFC, no entanto, já iniciara sua aproximação com as comunidades indígenas e suas realidades em 1965. Naquele ano, na Concha Acústica, ao receber edição do Festival Nacional de Folclore, os Tremembé de Almofala apresentaram sua tradicional dança do torém e obtiveram o primeiro lugar na competição. A partir dos anos de 1970, embora tímida e isoladamente, projetos de pesquisa e extensão da UFC passam a atuar nessas comunidades.

Mas é a partir dos anos 2000 que se dá o desenvolvimento de uma relação profícua da UFC com os indígenas do Ceará, no campo da produção da Educação Diferenciada, principalmente em relação à formação de professores indígenas em nível superior. Constituindo-se instituição pioneira no Nordeste e referência nacional ao implementar, em 2008, o primeiro curso superior na modalidade Licenciatura Intercultural, o Curso de Magistério Indígena Tremembé Superior (MITS), e, em 2010, o Curso de Magistério Indígena Superior Intercultural dos Povos Pitaguary, Tapeba, Kanindé, Jenipapo-Kanindé e Anacé (MISI-PITAKAJÁ).

Fonte: Prof. Babi Fonteles, da organização do evento – fone: 85 99186 7333 / e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

Endereço

Av. da Universidade, 2853 - Benfica, Fortaleza - CE, CEP 60020-181 - Ver mapaFone: +55 (85) 3366 7300