Pesquisa avalia uso da auriculoterapia no tratamento de pacientes com chikungunya
- Quarta, 24 Mai 2017 09:24
- Última Atualização: Sexta, 26 Mai 2017 13:51
O Grupo de Atenção Integral e Pesquisa em Acupuntura e Medicina Tradicional Chinesa (GAIPA), ação de extensão do Departamento de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará, registrou no último ano aumento da demanda de pacientes com sequelas causadas pela febre chikungunya.
A partir dos resultados positivos do tratamento com o uso da auriculoterapia – um tipo de acupuntura em pontos das orelhas, sem a utilização de agulhas –, o coordenador do GAIPA, Prof. Bernardo Diniz Coutinho, começou a desenvolver, neste ano, projeto de pesquisa vinculado ao Programa Interinstitucional de Doutorado em Ciências da Reabilitação (Dinter), parceria entre a Universidade Federal de Minas Gerais e a UFC.
A pesquisa quer "avaliar a eficiência da auriculoterapia no tratamento da dor e da incapacidade dos pacientes com febre chikungunya", o que a prática clínica já vem demonstrando, segundo o professor.
Os atendimentos foram planejados para a população residente nas áreas próximas ao Posto de Saúde Anastácio Magalhães (Rua Delmiro de Farias, 1679, Rodolfo Teófilo), território onde o GAIPA atua. As sessões de auriculoterapia ocorrem às quartas-feiras, das 14h às 16h, e às sextas-feiras, das 8h às 11h.
Da população atendida pela atividade de extensão será formado o grupo que vai ter acompanhamento durante a pesquisa. Para se tornar voluntário, o paciente deve levar para a consulta encaminhamento médico de unidade de saúde ou de equipe de saúde da família ou exame laboratorial comprovando a chikungunya.
Depois de triagem de 50 pacientes, eles serão acompanhados ao longo de cinco semanas, uma sessão por semana. O professor explica que, independentemente desse grupo de controle, o atendimento que o GAIPA já faz vai continuar.
Ele informa que a melhora dos sintomas já pode ser notada nas primeiras aplicações da auriculoterapia, "além de ser um tratamento seguro e de baixo custo". A previsão é que no fim deste ano ou início de 2018 sejam divulgados resultados da pesquisa. "Caso os resultados da pesquisa se mostrem significativos, o serviço poderá ser ampliado para a rede do Sistema Único de Saúde (SUS), via formação e treinamento dos profissionais da atenção básica", diz.
SAIBA MAIS – O GAIPA também atua na comunidade do bairro Rodolfo Teófilo ministrando práticas corporais, como os exercícios de Qigong e meditação na Lagoa do Porangabuçu. Outras informações podem ser obtidas na página do GAIPA no site do Departamento de Fisioterapia e na página do Grupo no Facebook.
Fonte: Prof. Bernardo Diniz Coutinho, do Departamento de Fisioterapia da UFC, coordenador do GAIPA – fone: 85 3366 8632 / e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.