NPDM inaugurou primeiro banco de pele animal do país nesta quinta-feira (13)
- Terça, 11 Julho 2017 12:21
- Última Atualização: Quinta, 13 Julho 2017 13:55
O Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento de Medicamentos (NPDM) da Universidade Federal do Ceará e o Instituto de Apoio ao Queimado (IAQ) inauguraram, nesta quinta-feira (13), às 9h, na sede do NPDM (Rua Coronel Nunes de Melo, 1000, Rodolfo Teófilo), o Banco de Pele Animal, primeiro do Brasil. Na ocasião, também forão apresentados, numa coletiva de imprensa, os resultados da última fase da pesquisa sobre o uso da pele de tilápia em queimaduras.
Sob direção do Prof. Odorico de Moraes, coordenador do NPDM, o banco de pele terá coordenação médica de Edmar Maciel, presidente do IAQ; e coordenação de enfermagem de Cybele Leontsinis, do Centro de Tratamento de Queimados do Instituto Dr. José Frota (IJF).
Com agenda preparatória iniciada na segunda-feira (10), quando houve captação de mil unidades de pele de tilápia em Jaguaribara, as atividades que culminaram com a inauguração do banco do NPDM seguiram, de 11 a 13 de julho, com o preparo e a esterilização do material.
Veja outras imagens do Banco de Pele Animal no Flickr da UFC
SAIBA MAIS – A fase clínica 3 da pesquisa, desenvolvida através de parceria entre NPDM, IAQ e IJF e financiada pela Enel, analisou o uso do curativo em 120 pacientes adultos do ambulatório de queimados do IJF, com idades entre 18 e 60 anos, e 30 crianças, de 2 a 12 anos.
Primeira pele animal do Brasil e a primeira de animal aquático do mundo estudada no tratamento de queimaduras, o curativo biológico de tilápia é usado em pacientes com queimaduras de segundo e terceiro graus.
Tem como vantagem a diminuição dos procedimentos de troca de curativos, o que acarreta menos dor e desconforto ao longo do tratamento. Outro benefício é que a pele de tilápia tem maior quantidade de colágeno dos tipos 1 e 3, proteínas importantes no processo de cicatrização. O uso da pele de tilápia também evita contaminação bacteriana e perda de líquidos por exsudato, secreção de natureza inflamatória.
A realização de um estudo multicêntrico está prevista para o segundo semestre de 2017 nos estados de Goiás, Pernambuco, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo, onde mil unidades da pele de tilápia esterilizadas vão beneficiar pacientes vítimas de queimaduras.
Fontes: Prof. Odorico de Moraes, coordenador do NPDM/UFC – fone: 85 3366 8201 / Cleide Castro, assessora de imprensa do evento de inauguração do Banco de Pele Animal – fone: 85 99613 4318