Calouros de Medicina têm acolhida com poesia e reflexões sobre humanização médica
- Terça, 27 Fevereiro 2018 09:41
Os primeiros momentos de cerca de 80 calouros do Curso de Medicina na Universidade Federal do Ceará foram de sensibilização sobre um dos mais importantes temas da atualidade na profissão: a humanização do atendimento.
Na aula inaugural do curso, além de apresentações sobre a estrutura da Universidade e suas pró-reitorias e de palestras sobre o exercício profissional, houve recepção dos calouros com poemas selecionados por alunos veteranos, monitores de Humanidades Médicas. O objetivo era contribuir para ampliar a imaginação e a sensibilidade médica.
“Educar a mente sem educar o coração não é educação”, pensamento do filósofo grego Aristóteles (384 a.C. – 322 a.C.), foi o ponto de partida utilizado pelo Prof. Álvaro Madeiro Leite, do Departamento de Saúde Materno-Infantil da Faculdade de Medicina, e pelos estudantes de graduação Mariana Miquiles Santos Ramos, Nathalia Farias Vasconcelos, Daniele Rodrigues Vasconcelos e Arthur Queiroz Pinheiro para a acolhida.
O Prof. Álvaro Leite ministrou a aula “Ser médico: uma paixão sem remédio”. E, ao longo da acolhida, 80 poemas afixados nas carteiras dos alunos foram lidos e contextualizados à medida que o conteúdo era apresentado.
A iniciativa vai ao encontro das diretrizes curriculares para o curso médico, que identificam precariedade na formação ético-relacional de futuros profissionais, o que pode causar repercussões negativas na capacidade de desenvolverem atitudes de conexão, respeito, sensibilidade e compreensão do sofrimento dos pacientes.
Na Faculdade de Medicina da UFC, o tema do atendimento humanizado tem sido trabalhado ao longo do curso. Uma das ações importantes nesse sentido é o eixo curricular Desenvolvimento Pessoal e Aprendizado da Prática Profissional, visto durante os anos que antecedem o internato médico.
A literatura, o cinema, a pintura, a fotografia têm potencial para expandir a capacidade de imaginação e desenvolver a sensibilidade médica. Escritores, poetas e dramaturgos
são observadores e intérpretes perspicazes da natureza humana.
Foi do poeta Mário Quintana um dos poemas lidos pelos alunos:
“A verdadeira arte de viajar
A gente sempre deve sair à rua como quem foge de casa,
Como se estivessem abertos diante de nós todos os caminhos do mundo.
Não importa que os compromissos, as obrigações, estejam ali...
Chegamos de muito longe, de alma aberta e o coração cantando!”
Fonte: Prof. Álvaro Madeiro Leite – fone: 85 3366 8229