Cerimônia marca encerramento do jubileu de ouro da Casa de Cultura Francesa
- Sexta, 14 Dezembro 2018 09:56
Na tela de projeção montada no Auditório José Albano, na área 1 do Centro de Humanidades da Universidade Federal do Ceará, fotos coloridas e em preto e branco se alternavam numa exibição que arrancava sorrisos da plateia. Os registros fotográficos de 50 anos de história abriram, na noite dessa quinta-feira (13), a cerimônia de encerramento das comemorações do jubileu de ouro da Casa de Cultura Francesa (CCF).
A apresentação artística do Coral L'Alouette, da CCF, com regência do estudante de Música Samyr Pontes e coordenação do Prof. Jérémy Morisso, também animou a solenidade. Formado por alunos da Casa e pessoas da comunidade, o coro, cujo nome em francês significa "cotovia", brindou o público com peças do cancioneiro tradicional francês e músicas natalinas.
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REFERÊNCIA – A gratidão deu o tom das falas que se seguiram na cerimônia. A coordenadora da CCF, Cláudia Giraud, lembrou a contribuição de professores que lançaram as bases do objetivo maior da unidade: a divulgação e a promoção da língua e cultura francófonas. "Temos muito o que comemorar, pois o trabalho desenvolvido gerou o reconhecimento da Casa de Cultura Francesa como centro de referência do ensino de francês no Ceará e em todo o Brasil", disse.
Em nome do corpo docente, o Prof. Roterdan Damasceno afirmou que "ensinar francês na casa de cultura é muito mais que um objetivo alcançado, é a realização de um sonho, um sonho dos professores que já passaram pela Casa, dos que estão entre nós, dos de saudosa memória, dos atuais professores e um sonho daqueles que nos sucederão".
DEFESA DA EDUCAÇÃO – Estudante do Curso de História e concludente da CCF, Renan Marrocos emocionou o público ao compartilhar sua trajetória como aluno da unidade. "Hoje, as palavras que nos enrubesciam e nos faziam hesitar já são ditas com muita facilidade: 'je suis', para falar que somos eternos estudantes da língua francesa e que a amamos apesar dos desassossegos dos tempos compostos", disse entre risos da plateia.
A diversidade de alunos na Casa, proporcionada pela democratização do acesso à UFC através da Lei de Cotas, também foi lembrada por Renan Marrocos. "Este é um momento não só de dizermos ‘obrigado’ à UFC e à Casa de Cultura Francesa como espaços de exercício da democracia, espaços que cultivamos e que nos cultivaram, mas um momento de retribuirmos com a nossa luta em defesa de uma educação pública, gratuita, laica e de alto nível. Não só por nós, mas pelos que ainda virão", defendeu.
Ex-aluno da CCF, o vice-reitor, Custódio Almeida, reforçou o discurso do orador discente ao apontar as Casas de Cultura Estrangeira da UFC como os projetos que mais se comunicam com a comunidade de Fortaleza. As comemorações do jubileu de ouro da CCF também foram celebradas pelo Prof. Custódio. "Uma verdadeira festa olha para o futuro e reverencia o passado", disse o professor.
Representando o reitor Henry Campos na solenidade, o vice-reitor apontou as Casas como precursoras no processo de internacionalização da Universidade. "Elas representam um dos mais ricos patrimônios imateriais da UFC", sublinhou.
MEMORIAL – Ao lançamento do livro Casa de Cultura Francesa 50 anos – memória e saber (Edições UFC), na abertura das comemorações, em maio último, e ao restauro do prédio da Casa, também neste ano, somou-se, entre ações comemorativas do aniversário, a inauguração, no hall da CCF, após a solenidade dessa quinta-feira, do Memorial do Jubileu de Ouro, elaborado através de parceria com o Memorial da UFC.
Fonte: Coordenadoria de Comunicação Social e Marketing Institucional da UFC – fone: 85 3366 7331