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Reitor participa de sessão na Assembleia sobre cortes de recursos de universidades

Imagem: Sessão na Assembleia Legislativa contou com a presença dos quatro reitores das instituições federais de ensino superior no Ceará (Foto: Júnior Pio/AL-CE)A Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (AL-CE) realizou, na manhã desta sexta-feira (31), sessão especial para debater o corte de recursos para as universidades e institutos federais de educação superior.

O evento foi aberto pelo presidente da AL-CE, deputado José Sarto, o qual ressaltou que, embora seja uma pauta de âmbito federal, a medida impacta o Estado. "É uma questão importante. Hoje a nossa proposta é ser uma caixa de ressonância e ouvir a preocupação justa dos reitores", disse.

Presente à sessão, o reitor da Universidade Federal do Ceará, Prof. Henry Campos, manifestou a preocupação de que as medidas do Governo Federal resultem na privatização da educação superior no Brasil e no fim das universidades públicas.

Para ele, está sendo patrocinada uma campanha de desmoralização das universidades públicas, com o anúncio de cortes brutais. "É falacioso e inverdade dizer que o Brasil já gasta muito com educação superior. Outra inverdade é que toda pesquisa no Brasil é realizada por universidades privadas, quando, na realidade, 95% das pesquisas feitas no País são de universidades públicas", apontou o reitor da UFC.

Imagem: Na ocasião, o Prof. Henry Campos afirmou ser imperativa a mobilização de toda a sociedade em defesa das universidades públicas (Foto: Júnior Pio/AL-CE)Ainda de acordo com o Prof. Henry Campos, é imperativa a mobilização de toda a sociedade em defesa do que avalia como o maior patrimônio do Brasil, que são as universidades públicas. "Apesar de concentrarem 20% dos alunos do ensino superior do País, essas instituições respondem por mais de 90% das pesquisas produzidas. A nossa universidade forma agora em julho o profissional de número 100 mil", afirmou.

A sessão contou também com os reitores do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), Virgílio Araripe; da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB), Alexandre Cunha; e da Universidade Federal do Cariri (UFCA), Ricardo Ness. O secretário da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Estado, Inácio Arruda, também compôs a mesa da sessão.

Na ocasião, o deputado Queiroz Filho, um dos propositores do debate, chamou a atenção para o foco na educação como bandeira única e que não deve ser associada a outras. Ele afirmou que o momento atual é de revolução tecnológica, com máquinas substituindo seres humanos no mercado de trabalho, e que o futuro de várias profissões é incerto. "Quem sabe as profissões do futuro sejam relacionadas à filosofia e à sociologia, algo que máquinas não conseguem substituir e, curiosamente, dois dos cursos mais baratos das universidades e que sofrerão com os bloqueios do Governo Federal", considerou.

Quem também compareceu à sessão foi o senador Cid Gomes. Ele classificou a decisão do Governo Federal de bloquear os recursos das universidades públicas como "medieval". Para ele, educação é uma questão consensual e merece ser a área menos afetada na busca pelo equilíbrio fiscal do País. "Entendo que devemos fazer sacrifícios pela saúde fiscal do País, mas não sejamos irresponsáveis, a educação é a base do progresso do Brasil", afirmou. O parlamentar observou também que, por mais que nos últimos anos tenha crescido o número de jovens entre 18 e 25 anos de idade matriculados nas universidades, esse número ainda é menor que em países vizinhos, como Argentina, Chile e Colômbia. Segundo ele, no Brasil não chega a 18% o número de jovens nessa faixa etária matriculados em universidades.

A sessão especial foi proposta pelos deputados José Sarto, Queiroz Filho, Bruno Pedrosa, Fernando Santana e Augusta Brito.

Com informações da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará.

Fonte: Coordenadoria de Comunicação Social e Marketing Institucional da UFC – fone: (85) 3366 7331

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