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UFC participa de campanha nacional da Associação Brasileira de Neurologia

Imagem de pessoa fazendo exame no pé de um bebêA Universidade Federal do Ceará é uma das entidades participantes da campanha nacional da Academia Brasileira de Neurologia (ABN) sobre uma doença genética rara, a Polineuropatia Amiloidótica Familiar (PAF), conhecida como “doença dos pezinhos”. Na UFC, a campanha terá atividades voltadas para estudantes e profissionais de saúde. Serão três aulas nesta segunda-feira (17), às 10h, no Auditório Paulo Marcelo, no bloco didático da Faculdade de Medicina (Rua Alexandre Baraúna, 949, Rodolfo Teófilo), no Campus de Porangabuçu. Além da PAF, serão abordadas outras formas de neuropatias. Não é necessário fazer inscrição e nem será emitido certificado.

A primeira aula trata da abordagem do paciente com neuropatias periféricas, a ser ministrada pela médica Cláudia Schiavon, do Serviço de Neurologia do Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC); a segunda, sobre Introdução ao Estudo das Neuropatias Hereditárias: Charcot-Marie-Tooth, a ser conduzida pelo neurologista e mestrando em Ciências Cirúrgicas da UFC André Borges; e a terceira sobre Polineuropatia Amiloidótica Familiar, com o Prof. Francisco de Assis Aquino Gondim, do Departamento de Medicina Clínica da UFC, coordenador da campanha e do Departamento Científico de Neuropatias Periféricas da ABN.

O Prof. Francisco Gondim explica que a ação é uma forma de educar. “É muito importante pela possibilidade de promoção do diagnóstico das neuropatias periféricas em geral, pois ainda existem muitas dúvidas do público médico e do leigo e iniciativas como essa são de extrema valia para a sociedade”, explica.

DOENÇA DOS PEZINHOS – De acordo com informações da ABN, a PAF, popularmente chamada de “doença dos pezinhos”, é mais comum em descendentes de portugueses e tem prevalência importante no Brasil, se comparados os dados de outros países. Provoca a perda progressiva de movimentos e atrofia muscular. Caso não seja tratada nos primeiros dez anos após o surgimento de sintomas iniciais, pode levar à morte. É decorrente de uma falha de um gene que possui a função específica de condensar a proteína transtirretina (TTR) no fígado. Enfim, o estopim é o acúmulo desbalanceado dessa proteína em várias partes do organismo, como rins e nervos.

O fato de ser conhecida como “doença dos pezinhos” é porque são os pés que acusam as consequências da doença primeiramente, com perda de sensibilidade à temperatura, formigamento e dor intensa.  Ela traz outras consequências como diarreia, falta de apetite, desidratação, perda de peso, além de certa dificuldade para andar. Em seguida, meio que repentinamente, surgem outros distúrbios e também alterações gastrointestinais.

Após cinco anos, parte dos enfermos já demonstra enorme dificuldade de se locomover. Transforma-se em real risco de morte quando rins e coração são atingidos. São centenas as suas mutações. Em 2018, o Ministério da Saúde incorporou o primeiro medicamento específico para PAF na rede pública.

Mundialmente, junho é destacado como o Mês de Luta contra a PAF. É uma reverência ao neurologista que descobriu a doença nos anos 1950, o médico lusitano Mário Corino da Costa Andrade, que faleceu no dia 16 de junho de 2005.

Com informações da assessoria de imprensa da campanha.

Fonte: Prof. Francisco de Assis Aquino Gondim, do Departamento de Medicina Clínica da UFC, coordenador da campanha e do Departamento Científico de Neuropatias Periféricas da ABN –  fone: (85) 3366 8052

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