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Segunda, 16 Setembro 2019 09:54

O Museu de Arte da Universidade Federal do Ceará (MAUC) inaugurará, na próxima quinta-feira (19), a exposição “100 Estrigas”, em comemoração do centenário de Estrigas, um dos principais artistas cearenses.

Com a curadoria do Prof. Gilmar de Carvalho, docente aposentado do Instituto de Cultura e Arte, além das obras do artista, a exposição exibirá um documentário produzido pela TV Assembléia e lançará o livro A Grande Arte de Estrigas – Memória Crítica, do Prof. Gilmar de Carvalho.

A mostra faz parte de uma programação que abrange debates, exposições e a entrega do Diploma Estrigas a artistas e personalidades da cultura cearense. A entrega dos diplomas será realizada na abertura da exposição, homenageando a escritora Angela Gutiérrez; o colecionador Schubert Machado; a pesquisadora Olga Paiva; o artista Bené Fonteles; o pesquisador Gilmar de Carvalho; o filósofo e professor Auto Filho, e o Museu de Arte da UFC.

A iniciativa da comemoração do centenário de Estrigas é da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará e do Minimuseu Firmeza. A programação tem o apoio da Secretaria Municipal de Cultura (SECULTFOR); do Sobrado José Lourenço; do Museu do Ceará; do Porto Iracema das Artes; da Escola de Gastronomia Social Ivens Dias Branco; da Galeria Multiarte; do Instituto de Estudos e Pesquisas sobre o Desenvolvimento do Estado do Ceará (INESP) e da TV Assembleia.

Gratuita e aberta ao público, a exposição segue em cartaz até o dia 18 de outubro. O MAUC funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h às 17h, e está localizado na Av. da Universidade, 2854, Benfica.

O ARTISTA – Nilo de Brito Firmeza ganhou o apelido de Estrigas ainda na infância. Graduou-se no Curso de Odontologia e atuou em diversas instituições como dentista, mas era no sítio em que vivia com a esposa, a também artista Nice Firmeza, que ele mantinha seu consultório, ao lado do ateliê. Desde 1969, o sítio no Bairro Mondubim abriga o Minimuseu Firmeza, espaço que reúne obras de arte e um importante acervo documental dos movimentos artísticos no Ceará.

Como artista, Estrigas queria expressar seu traço de forma livre do academicismo que vigorava na época. Foi assim que, ao lado de outros artistas como Antônio Bandeira e Aldemir Martins, iniciou um movimento de renovação nas artes plásticas cearenses. Em 1953, assumiu a presidência da Sociedade Cearense de Artes Plásticas e criou a Escola de Belas Artes do Ceará, voltada para o ensino artístico. Estrigas foi ainda escritor e crítico de arte, tendo escrito para jornais e revistas cearenses, especialmente sobre o movimento modernista e suas reverberações na cena local. Atuou também como coordenador de um programa pioneiro na inserção da arte-educação nas escolas do nosso País.

Fonte: Museu de Arte da UFC – fones: (85) 3366 7481 e 3366 7480