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Quinta, 30 Janeiro 2020 18:45

Se gerir uma casa onde moram poucas pessoas já é difícil, imagine dirigir uma residência com 5, 10 ou até mesmo 200 moradores vindos de diferentes lugares e com distintas experiências de vida. Esse é o desafio enfrentado pelos diretores das Residências Universitárias da Universidade Federal do Ceará.

Eleitos anualmente, os diretores são moradores responsáveis por gerir as casas, além de mediar conflitos que possam ocorrer; observar o cumprimento das regras do local e fazer levantamentos das necessidades do lar. É para ajudar nessa tarefa que a Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (PRAE) da Universidade Federal do Ceará realiza, até esta sexta-feira (31), a V Formação em Desenvolvimento de Lideranças.

A atividade, desenvolvida em parceria com o Núcleo de Extensão em Estudos e Pesquisas sobre o Comportamento Humano (NECH), apresenta aos 20 diretores das 10 Residências Universitárias assuntos como educação financeira, gestão ambiental, saúde mental, gestão de conflitos e até noções de meditação para alívio do estresse e da ansiedade. "É um momento de formação, principalmente de lideranças, mas também de convivência, acolhimento, de tolerância à diferença, de inclusão", destaca a pró-reitora de Assuntos Estudantis, Profª Geovana Cartaxo.

A Profª Elidihara Trigueiro, coordenadora do NECH, explica que a formação é dividida em 10 módulos, totalizando 40 horas, sendo obrigatória a todos os diretores eleitos. Após cada atividade, é realizada uma avaliação para que os estudantes possam apresentar suas impressões do módulo. "A gente percebeu que a comunicação entre eles, e entre eles e a Pró-Reitoria (de Assuntos Estudantis), melhorou bastante, e a integração entre as casas também. Por conta da avaliação, conseguimos que eles dessem um retorno se está valendo a pena. É por isso que a gente já está na quinta edição", comemora.

Impressão que é compartilhada por estudantes como Jobson Cavalcante e Larissa Olinda. Eleitos para gerir uma Residência Universitária no Campus do Pici Prof. Prisco Bezerra, os diretores têm o desafio de manter o lar acolhedor para os 198 residentes. Pela primeira vez na gestão da casa, Jobson considera a formação um momento "bastante enriquecedor, que valoriza tanto o lado burocrático como o lado humano".

Já Larissa, veterana na posição de diretora, destaca que a formação serve de "base" para que os dirigentes das residências entendam o que é preciso fazer e como devem fazer, além de terem noções de mediação de conflitos e buscarem compreender a realidade de cada um. "Um dos principais desafios é fazer com que as pessoas entendam a força que elas têm como residentes e [que possam] lutar por melhorias. As casas foram construídas com muita luta estudantil. A gente tem que lutar por melhorias e fazer com que as pessoas se sintam donas daquele lugar e, por isso, cuidem dele como deveria ser cuidado", considera.

Fonte: Coordenadoria de Comunicação Social e Marketing Institucional – fone: (85) 3366 7331