Curso de Biotecnologia obtém conceito máximo do MEC, 5; Ciências Ambientais recebe nota 4
- Segunda, 06 Abril 2020 18:24
Mais uma vez, a comunidade acadêmica da Universidade Federal do Ceará tem motivos para comemorar os bons resultados dos seus cursos de graduação. No início de março, técnicos do Ministério da Educação (MEC) vieram a Fortaleza para atestar a qualidade do ensino superior praticado pela UFC. Ao Curso de Biotecnologia, vinculado ao Centro de Ciências, foi conferida a nota 5, o conceito máximo da avaliação. Já o Curso de Ciências Ambientais, do Instituto de Ciências do Mar (LABOMAR), recebeu a nota 4.
A análise das equipes do MEC se concentrou em três aspectos: organização didático-pedagógica, que considera políticas institucionais no âmbito dos cursos, estrutura curricular, metodologia, estágio curricular supervisionado, atividades complementares, trabalho de conclusão de curso; corpo docente, relativa ao núcleo docente estruturante, colegiado dos cursos, atuação das coordenações e produção científica dos docentes; e infraestrutura, que examina itens como espaços de trabalho para docentes, salas de aula, laboratórios e biblioteca.
Segundo a Profª Socorro Sousa, coordenadora de Planejamento e Avaliação de Programas e Ações Acadêmicas da Pró-Reitoria de Graduação da UFC, tanto o curso de Biotecnologia como o de Ciências Ambientais passaram por renovação do reconhecimento. Esse é processo no qual, a cada três anos, o MEC conceitua a formação e valida os diplomas. A coordenadora explica que, como há menos de 100 cursos das duas áreas ofertados no País, e por não possuírem diretrizes curriculares nacionais, essa é a única maneira de serem avaliados. Por conta disso, nestes casos específicos, não é obrigatório participar do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE).
"Ressalto o empenho e o zelo dos coordenadores desses cursos em todo o processo, que é deveras complexo e trabalhoso. O que nos gratifica é que eles foram muito atuantes, não medindo esforços para atender a todas as exigências de um processo avaliativo", declara.
EXCELÊNCIA – A coordenadora do Curso de Biotecnologia da UFC, Profª Márjory Holanda, celebra o feito da nota máxima do MEC justamente quando a graduação completa sua primeira década. Ela divide a conquista com docentes ativos e aposentados, servidores técnico-administrativos, estudantes e egressos. O curso é oferecido na modalidade de bacharelado, tem oferta anual de 50 vagas pelo sistema ENEM/SISU e a duração é de oito semestres. Atualmente, são 192 alunos matriculados e 40 professores, todos com o título de doutor.
A professora complementa que, em todo o território nacional, são 58 cursos de Biotecnologia, sendo 11 situados no Norte e Nordeste. Nessas duas regiões, somente o da UFC possui a nota 5 do MEC. Desde 2010, já foram formados 171 profissionais para atuar em um segmento bastante promissor de inovação e sustentabilidade.
"O perfil do biotecnologista formado na UFC é multidisciplinar, generalista e empreendedor, com sólida formação básica, científica e tecnológica em diferentes áreas da biotecnologia, com conhecimento aprofundado em bioquímica e biologia molecular. Isso lhe permite gerar produtos e desenvolver processos a partir da matéria viva, utilizando técnicas e conhecimentos que garantam maior economia, eficácia, competitividade e adaptabilidade para seu uso social final, especialmente nos setores da agropecuária, saúde, indústria e meio ambiente", define a Profª Márjory.
APRENDIZADO – Para o coordenador do Curso de Ciências Ambientais da UFC, Prof. Marcus Vinícius Chagas, o bom resultado veio com o apoio do corpo docente e da coordenação acadêmica do LABOMAR. Semelhante à Biotecnologia, o bacharelado em Ciências Ambientais também se encaminha para o 11º ano de atividades. O ingresso é anual, com 40 vagas, e o tempo para se formar é de 8 semestres.
O curso possui, atualmente, 148 alunos e 16 professores. A primeira turma colou grau há seis anos, e, desde então, a UFC entregou 126 profissionais para a sociedade. O coordenador pondera que, de 11 cursos de Ciências Ambientais no Brasil, apenas um é nota 5, o que coloca o Ceará em uma posição de destaque.
"O mercado de trabalho está melhorando muito para os nossos egressos. Já temos cientistas ambientais atuando na área pública, privada e no terceiro setor. No entanto, a nossa maior inserção ainda é na pós-graduação. Cerca de 38% dos nossos egressos estão fazendo ou fizeram alguma pós-graduação", afirma o Prof. Marcus Vinícius.
Fontes: Centro de Ciências da UFC – e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.; Instituto de Ciências do Mar (LABOMAR) da UFC – e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.