Fechando plano de inclusão digital, UFC entrega celulares doados pela Receita Federal a estudantes de Fortaleza na Reitoria; confira vídeo
- Quinta, 22 Outubro 2020 14:13
Foi realizada, na manhã desta quinta-feira (22), a entrega de aparelhos celulares a estudantes em vulnerabilidade socioeconômica atendidos pelas ações da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis da Universidade Federal do Ceará. A ação foi resultado de articulação da administração superior com a Receita Federal e contemplou, por meio do Edital nº 11/2020, 113 alunos dos campi de Fortaleza que não foram beneficiados com o auxílio-inclusão digital por insuficiência de vagas. Nos próximos dias, serão enviados os dos alunos contemplados em Crateús e Quixadá.
Trata-se da última ação do plano de inclusão digital da Instituição, um dos mais amplos do País, com iniciativas como distribuição de milhares de chips de Internet móvel com capacidade de 20 GB, aquisição de mais de 400 computadores para equipar unidades acadêmicas, concessão de auxílio para compra de computadores e tablets e ampliação da cobertura wi-fi institucional de alta velocidade.
A distribuição ocorreu no salão nobre da Reitoria, seguindo o protocolo institucional de biossegurança – os alunos precisaram comparecer de máscara e portar documento de identificação com foto e a própria caneta. Os estudantes receberam as boas-vindas do reitor, Prof. Cândido Albuquerque, acompanhado do vice-reitor, Prof. Glauco Lobo, e da pró-reitora de Assuntos Estudantis, Profª Geovana Cartaxo. Após a acolhida, os modelos dos celulares foram destinados aos alunos por meio de sorteio, a partir de senhas recebidas na chegada.
Confira matéria da UFCTV sobre a ação:
Primeira da fila, Catarina Rodrigues é aluna da Licenciatura Intercultural Indígena KUABA, faz parte da etnia pitaguari de Pacatuba e, infelizmente, ficou de fora das vagas para concessão do auxílio-inclusão digital. "Recebi o chip de Internet, mas fiquei sem o auxílio porque não consegui ficar dentro das vagas. O aparelho novo vai me ajudar a acompanhar", disse, ao receber seu novo celular das mãos do Prof. Cândido Albuquerque. Já Daniel Silva de Paula, aluno de Engenharia de Pesca, disse enfrentar problemas com seu celular antigo, que trava muito e não roda bem as plataformas digitais nas quais agora ocorrem as aulas. "Essa é a primeira ação da inclusão digital de que estou participando. Estava bastante difícil, pois não tenho computador, e já não havia espaço no meu celular para baixar aplicativos usados para acessar as aulas", explicou, saindo da Reitoria com um equipamento novinho em mãos.
O reitor da UFC, Prof. Cândido Albuquerque, abriu sua fala relembrando que já esteve na posição de estudante vulnerável e sabe muito bem as dificuldades que alunos de origem humilde passam para concluir seus cursos superiores. "E é ainda mais difícil quando se vem de fora, como era meu caso", disse. Ele relembrou a época em que foram implantadas as cotas sociais e raciais na UFC, quando então era diretor da Faculdade de Direito, para destacar que se tornou uma prioridade acolher os alunos com situação financeira mais difícil: "Foi o que nos motivou a equipar a biblioteca lá da faculdade com computadores para suprir a deficiência de acesso, em uma ação que agora estendemos para toda a Universidade, ampliando o acesso às tecnologias". Segundo o dirigente, ainda que a celeridade da resposta da UFC à pandemia tenha sido exemplar, a administração continua aberta à escuta das necessidades do alunado. "É assim que se combate a desigualdade, buscando dados reais para guiar as ações. Foi o que permitiu à UFC realizar a maior ação de inclusão digital das universidades brasileiras", finalizou.
Na avaliação da pró-reitora de Assuntos Estudantis, pelo alto número de matrículas e pela baixa supressão de disciplinas em 2020.1, já se consegue perceber que as iniciativas de inclusão digital foram um sucesso. "São ações que têm um poder democratizador do conhecimento que vai permanecer por toda a passagem desse aluno por seu curso, para além da pandemia. Hoje o mundo é virtual. Por isso, foi importantíssimo que a UFC propiciasse uma boa conexão e acesso a equipamentos para que nossos alunos pudessem acompanhar as atividades, sem perder o vínculo com a Universidade", explica a Profª Geovana Cartaxo.
Mesmo no puerpério, Marina Alencar, aluna do Curso de Pedagogia, compareceu à Reitoria para garantir seu telefone. De máscara no rosto e bebê no sling, ela afirma que o semestre remoto tem sido um grande desafio. "Meu computador está quebrado desde o ano passado. É difícil, na minha situação, acompanhar aulas ao vivo. Nem todo aluno é solteiro, estudante profissional e mora com os pais. Creio que o celular vai me ajudar no acesso e a concretizar os trabalhos", vislumbrou.
Fonte: Gabinete do Reitor – e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.