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Reitor e vice visitam CEAC do LABOMAR para acompanhar despesca de camarões e conhecer pesquisas da unidade

Reitor da UFC conhece os tanques-viveiros de camarão do LabomarO reitor da UFC, Prof. Cândido Albuquerque, e o vice-reitor, Prof. Glauco Lobo Filho, visitaram o Centro de Estudos Ambientais Costeiros (CEAC) do Instituto de Ciências do Mar (LABOMAR) nessa quarta-feira (11). Os dirigentes acompanharam de perto o processo de despesca de camarões cultivados em tanques-viveiro nas pesquisas da unidade avançada. Com 8% do litoral do País, o Ceará é um estado com grande potencial de crescimento na área conhecida como economia do mar, termo que agrega as atividades produtivas diretamente ligadas aos oceanos, como pesca, turismo e planejamento urbano costeiro. O LABOMAR possui finalidade estratégica para a Universidade nesse contexto, por concentrar ações de ensino, pesquisa, extensão e articulação com a indústria.

Os gestores estiveram acompanhados pelo assessor do Gabinete do Reitor, Prof. Ademar Gondim, sendo recepcionados pela diretora do LABOMAR, Profª Ozilea Bezerra Menezes; pela vice-diretora, Profª Lidriana de Souza Pinheiro; pelo Prof. Alberto Nunes e pelos servidores técnico-administrativos Ariana Barroso e Ricardo Camurça. Foi a primeira visita da administração superior àquela unidade do LABOMAR no município de Eusébio.

No tour pelo equipamento, a comitiva conheceu os viveiros fechados e abertos e as salas de monitoramento, de produção de ração e de estudos, esta última usada com muita frequência pelos mestrandos e doutorandos em Ciências Marinhas Tropicais, programa de pós-graduação do Instituto. Os visitantes conheceram o trabalho desenvolvido nos quatro laboratórios que funcionam na unidade avançada: Laboratório de Nutrição de Organismos Aquáticos (LANOA), Laboratório de Reprodução de Peixes, Laboratório Multifuncional e Laboratório de Produção de Ração.

Confira as fotos da visita no Flickr da UFC

Primeiramente, houve uma parada para conhecer um experimento que monitora o desenvolvimento de camarões alimentados com diferentes rações, até atingirem o peso comercial – estudo contratado por uma multinacional norueguesa. A espécie com a qual o Instituto trabalha é o Litopenaeus vannamei, conhecido como camarão-de-patas-brancas ou camarão comercial. "Já temos 115 trabalhos em desenvolvimento com 54 empresas, geridos por meio da Fundação Cearense de Pesquisa e Cultura (FCPC)", citou o Prof. Alberto Nunes, coordenador do LANOA.

Ainda no LANOA, foi mostrado aos visitantes um mecanismo de alimentação automatizado, acoplado aos viveiros, cujo protótipo foi desenvolvido por um aluno do LABOMAR em seu trabalho de conclusão de curso (TCC). "Produzimos aqui a ração usada nas pesquisas. A cada cinco tanques, mudamos as propriedades da ração, para chegar à melhor condição (com crustáceos de peso, tamanho e saúde ideais) pelo preço mais competitivo. A maioria dos alunos que saem dos nossos cursos vai para a indústria em funções altamente capacitadas", acrescentou Alberto.

Pesquisadora Jordana Sampaio, do LabomarCom o crescimento da demanda dos parceiros, o CEAC viu-se na necessidade de "reter" um desses profissionais saídos dos bancos do LABOMAR. Doutora em Ciências Marinhas Tropicais pela UFC, Jordana Sampaio é pesquisadora contratada do LANOA, com bolsa da FCPC. Ela explicou no que consiste a despesca, atividade à qual o reitor e o vice-reitor vieram assistir. "É o esvaziamento dos tanques de camarões que estão dentro do experimento, para conferência de quantos sobreviveram e verificação se atingiram o peso comercial de 12 gramas e de quais ingredientes adicionados à ração ocasionaram o melhor resultado", afirmou a pesquisadora.

Exemplo de sustentabilidade, o CEAC conta com um processo natural de filtragem da água dos viveiros, rica em matéria orgânica. Todo o líquido passa por um canteiro de plantas conhecidas como sal verde (nome científico Salicornia gaudichaudiana), suculentas de ambiente salino, que filtram os contaminantes antes de devolver a água à natureza, no estuário do rio Pacoti.

Além de camarões, outras espécies aquáticas como os peixes ariacó, beijupirá, cioba e robalo são objeto de experimentos científicos no CEAC/LABOMAR, tendo como parceiros os mercados interno e externo, com resultados chegando a países como França, Noruega, Canadá e Equador. Da graduação ao doutorado, estudantes do Instituto são envolvidos nas pesquisas, obedecendo a preceitos éticos e de propriedade intelectual que garantem ganhos às duas partes, a academia e o setor produtivo.

O reitor salientou em entrevista que, a partir da aproximação decorrente da visita, a ideia é projetar ainda mais o LABOMAR como centro de referência em economia do mar.

Já a diretora do LABOMAR, Profª Ozilea Menezes, reforçou que, além de trabalhar com a criação, o Instituto se debruça sobre investigações que visam minimizar enfermidades comuns entre crustáceos e que são um grande desafio para fazendas de produção de camarão. 

Fonte: Gabinete do Reitor – e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

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