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Estudantes treinados na Seara da Ciência conquistam ouro e bronze em olimpíada internacional de astronomia

Três estudantes cearenses treinados pela equipe da Seara da Ciência ‒ equipamento de divulgação científica da Universidade Federal do Ceará ‒ tiveram excelente desempenho na Olimpíada Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica (OLAA) 2020. Beatriz Rodrigues (Colégio Farias Brito) e Bismark Mesquita (Escola de Ensino Médio Governador Adauto Bezerra) arrebataram ouro; já Gustavo Sobreira (Colégio Antares) conquistou medalha de bronze.

O evento, que nesta edição foi sediado no Equador, ocorreu em formato virtual, reunindo participantes de vários países. O resultado foi divulgado no último dia 30 de novembro. Ao todo o Brasil obteve cinco medalhas de ouro e uma de bronze, ou seja, 50% das medalhas trazidas para o País na edição deste ano foram conquistadas por estudantes cearenses que receberam preparação na UFC, por meio do Grupo de Astronomia da Seara da Ciência (GAS – Interestelar).

Banner da OLLA, com o texto "medalha de ouro", em espanhol, e o rosto do estudante Bismark Mesquisa acima da bandeira do Brasil (Imagem: Divulgação/OLAA 2020)

Além disso, Bismark Mesquita integrou a equipe que obteve na olimpíada a melhor nota teórica em grupo. Além dele, compuseram a equipe estudantes da Colômbia, Panamá, Nicarágua e Paraguai. Aluno da Escola de Ensino Médio Governador Adauto Bezerra, em Fortaleza, Bismark foi o primeiro estudante de uma escola pública estadual no País a se classificar para uma olimpíada internacional de astronomia.

"Fico muito feliz vendo os estudantes do nosso projeto alcançando proporções internacionais. Me orgulho muito deles. O Bismark representando a escola pública pela primeira vez; a Beatriz, representando a participação feminina, e o Gustavo, por ser ainda tão novo, no primeiro ano [do Ensino Médio]. Estou muito feliz por eles e pelo que representam", disse o Prof. Ednardo Rodrigues, coordenador do GAS – Interestelar.

Ouça também matéria produzida pela rádio Universitária FM sobre o desempenho dos estudantes treinados pela Seara da Ciência

A olimpíada foi composta por duas provas teóricas (uma individual e outra em equipe), uma prova de observação astronômica e uma prova sobre foguetes. Uma média das notas das provas é calculada e, dependendo da nota final, honra-se o participante com determinada medalha. A ideia é promover muito mais a colaboração científica do que a competitividade.

Imagem: Banner do evento, com o texto "medalha de ouro", o rosto da estudante Beatriz Rodrigues e a bandeira do Brasil (Imagem: Divulgação/OLAA 2020)

Para participar da OLAA, os estudantes passaram por várias etapas, começando pela edição de 2019 da Olimpíada Brasileira de Astronomia (OBA), na qual também ganharam medalha de ouro. Depois disso, participaram de várias seletivas nacionais, até serem escolhidos para integrar a equipe que representou o Brasil na competição. Já durante as primeiras etapas do processo seletivo passaram a ser acompanhados pela equipe da Seara da Ciência.

DEPOIMENTOS – "Estou muito feliz com os resultados do time brasileiro na OLAA. Sou muito grato ao GAS – Interestelar por me acolher e me preparar da melhor forma possível para essa olimpíada que foi muito importante para mim. Todo o preparo que recebi na Seara da Ciência foi essencial para minha conquista", diz Bismark Mesquita.

Beatriz Rodrigues, que também foi medalha de ouro, afirma que o resultado e a experiência na OLAA superaram suas expectativas. Entre os pontos que ela destaca estão as aulas com o Prof. Ednardo e a oportunidade de, durante o evento, interagir com pessoas de outros países. "A Seara facilita muito a interação entre os alunos do Ceará. Além das pessoas que estão na seletiva, os ex-olímpicos apareciam em alguns encontros e sempre davam dicas e nos ajudavam com as questões. Eu estava iniciando na astronomia quando comecei a frequentar a Seara e sempre aprendi muito em todos os encontros de astronomia de lá."

Imagem: Banner da OLAA 2020, com o texto "medalha de bronze", o rosto do estudante Gustavo Sobreira e a bandeira do Brasil (Imagem: Divulgação/OLAA 2020)

"Essa foi minha primeira experiência em uma olimpíada internacional, ainda no primeiro ano do ensino médio, e tive a feliz oportunidade de, juntamente com meus colegas de equipe, contar com o apoio do GAS – Interestelar através de aulas e materiais de estudo", destaca Gustavo Sobreira, que ganhou a medalha de bronze. Segundo ele, o esforço conjunto durante a preparação e o forte apoio do colégio onde estuda foram fundamentais para o bom resultado alcançado.

LIVE – Na próxima quinta-feira (10) haverá uma live no canal "Astronomia Seara UFC", no Youtube, com os estudantes cearenses que participaram da olimpíada. A live faz parte do estande virtual da Seara da Ciência na Feira do Conhecimento.

A área de astronomia da Seara da Ciência é coordenada pelo Prof. Dermeval Carneiro, que também dirige o planetário do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura. O GAS – Interestelar tem coordenação do Prof. Ednardo Rodrigues e apoio do Prof. Heliomárzio Moreira. Além disso, medalhistas que foram treinados na Seara em anos anteriores costumam voltar ao projeto para contribuir com a preparação dos novos participantes.

EXTENSÃO – Desde 2017, o GAS – Interestelar realiza treinamentos para competições nacionais e internacionais. Os alunos treinados pelo projeto de extensão já alcançaram várias medalhas e menções honrosas em competições nacionais e internacionais. Qualquer estudante que é aprovado nas etapas iniciais da seletiva pode participar dos treinamentos na Seara, independentemente da escola de origem. A iniciativa parte dos próprios estudantes ou de algum tutor das escolas. Outras informações estão no site da Seara da Ciência.

Fonte: Prof. Ednardo Rodrigues, da Seara da Ciência – e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

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