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Terça, 23 Março 2021 11:11

No Ceará, houve um aumento de 69% no número de pessoas que morreram em casa em 2020, com base nos dados do Serviço de Verificação de Óbitos Dr. Rocha Furtado (SVO), da Secretaria da Saúde do Estado. Foram 880 falecimentos a mais que no ano anterior, dos quais 280 casos confirmados de covid-19. Não fossem os exames realizados pelo serviço, essas mortes seriam subnotificadas, dificultando a ação dos serviços públicos de saúde. 

A Agência UFC traz, nesta semana, detalhes desse trabalho realizado por um grupo de pesquisadores da Faculdade de Medicina da UFC, do próprio SVO e da UECE, publicado na revista internacional Plos Neglected Tropical Diseases. O estudo mostrou que, por orientação do Ministério da Saúde e do Conselho Federal de Medicina, o SVO ampliou suas equipes móveis e adotou a chamada "autópsia verbal", que são entrevistas feitas com os familiares do falecido para tentar obter informações importantes que pudessem levar a descobrir a causa do óbito.

Nos casos suspeitos de covid-19, as equipes realizavam coleta de swab nasal para diagnóstico laboratorial da doença. Foi dessa forma que os médicos identificaram o número de pessoas que morreu em casa durante a primeira onda da pandemia. Mas eles também entenderam as limitações da metodologia.

A pesquisa propôs a adoção de uma nova técnica, a autópsia minimamente invasiva, que garantisse tanto a segurança das equipes médicas como a melhoria na qualidade dos dados obtidos. No começo deste ano, o Ceará passou a ser o segundo estado do País a adotar o novo procedimento. 

A matéria completa pode ser conferida no site da Agência UFC, que traz ainda uma entrevista da UFCTV com os pesquisadores da área.

Fonte: Prof. Luciano Pamplona, da Faculdade de Medicina da UFC – e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.