Agência UFC: Processamento inédito pode aumentar tempo de conservação da da água de coco
- Terça, 01 Junho 2021 14:13
- Última Atualização: Terça, 08 Junho 2021 13:13
Tomar água de coco na praia é um dos prazeres do cearense, que mantém a tradição de ingerir a bebida dentro do próprio fruto. Mas a cada dia a indústria de alimentos se aperfeiçoa com o objetivo de tornar a água de coco de caixinha mais parecida com o líquido natural e ainda conservar essa bebida bastante perecível. Uma das soluções pode vir de pesquisa produzida na Universidade Federal do Ceará, que tem apostado no chamado plasma frio, processamento não térmico em avaliação na indústria alimentícia para aumentar a vida útil da bebida nas prateleiras dos supermercados.
O plasma frio é um gás produzido em laboratório que contém cargas elétricas e, por isso, transporta eletricidade. Ele mata bactérias, vírus e fungos e está sendo estudado hoje em processos de cicatrização e até em tratamento contra o câncer. Esse tipo de processamento é um método de conservação que não utiliza altas temperaturas, preservando a qualidade nutricional do alimento. Trata-se de uma inovação na indústria, podendo substituir os processamentos térmicos, como a pasteurização, os quais, embora eliminem microrganismos perigosos para a saúde e retardem a deterioração dos produtos, também podem diminuir o valor nutricional deles.
Sem perder características importantes como o sabor, a água de coco processada sem a utilização de altas temperaturas pode trazer ainda benefícios à saúde humana através do aumento da atividade antioxidante da bebida, protegendo o organismo da ação dos chamados radicais livres, moléculas altamente instáveis que, em excesso no corpo, são capazes de oxidar células saudáveis. Isso é possível graças à maior disponibilidade de compostos bioativos, que melhoram as atividades e reações químicas dentro das células, como os como ácidos fenólicos e flavonoides, substâncias com ação anti-inflamatória, antioxidante e desintoxicante. Além disso, o processamento não térmico dispensa o uso de conservantes adicionais para estender a vida útil da água de coco, inibe microrganismos causadores de doenças e é capaz de inativar processos enzimáticos deteriorantes, ou seja, impede o estrago rápido da bebida.
Para conhecer mais sobre a pesquisa, acesse a matéria completa na Agência UFC, canal de divulgação científica da Universidade.
Ouça também matéria sobre o assunto produzida pela rádio Universitária FM
Fonte: Thaiz Rangel, pesquisadora do Laboratório de Biotecnologia (LABIOTEC) da UFC – e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.