Pesquisa com estudantes ajudou a embasar documento que orienta transição para retomada gradual e segura das atividades acadêmicas presenciais; veja resultados
- Terça, 10 Agosto 2021 17:25
- Última Atualização: Quinta, 12 Agosto 2021 13:10
A Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (PRAE) da Universidade Federal do Ceará realizou, em julho, uma pesquisa com estudantes de graduação e de pós-graduação da UFC. O levantamento ajudou a embasar o documento orientador para o retorno gradual e seguro das atividades acadêmicas presenciais ‒ elaborado e enviado aos diretores de unidades acadêmicas pela Pró-Reitoria de Graduação (PROGRAD), e publicizado para toda a comunidade acadêmica pela Reitoria. O documento estabelece que o semestre 2021.2 marcará o início da transição para o formato presencial, que só deverá ocorrer integralmente em 2022.
Realizada por meio do Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas (SIGAA), a pesquisa conduzida pela PRAE consistiu em um questionário contendo 10 perguntas, cada uma com duas ou mais alternativas, e foi respondida por um total de 20.483 estudantes (sendo 17.604 de graduação e 2.879 de pós-graduação), o que corresponde a 53% dos discentes da Universidade.
Ouça também notícia da rádio Universitária FM sobre o levantamento
PRINCIPAIS RESULTADOS ‒ Entre os alunos de graduação, a grande maioria (84,73%) respondeu que ainda não havia sido vacinada contra a covid-19; alguns ainda aguardavam a segunda dose (13,12%). Apenas 2,15% dos respondentes disse ter tomado as duas doses ou um imunizante de dose única. Em relação aos alunos de pós-graduação, quase metade (47,86%) já havia tomado a primeira dose, enquanto 15,70% tinham tomado as duas doses ou imunizante de dose única. O percentual dos que não haviam sido vacinados foi de 36,44%.
Em outra pergunta, a pesquisa quis saber se os estudantes se sentem seguros para um possível retorno às aulas presenciais no período letivo 2021.2 (cujo início está marcado para 27 de setembro). Na graduação, a maioria (63,70%) respondeu que não se sente segura. Os que se sentem seguros somam 21,10%, e 15,20% não souberam responder. Na pós-graduação o resultado foi semelhante: a maior parte (69,57%) disse não se sentir segura para o retorno presencial; os que se sentem seguros são 18,27%, e 12,16% não souberam responder.
O levantamento questionou também se os estudantes aceitariam um possível retorno às aulas presenciais em 2021.2. Entre os alunos de graduação, quase metade (48,06%) marcou a opção "Sim, mas só se eu estiver imunizado contra a covid-19", enquanto 31,11% responderam que não, 16,88% responderam que sim, e 3,96% não souberam responder.
Entre os alunos de pós-graduação, a maior parcela (41,89%) disse que não aceitaria retorno às aulas presenciais em 2021.2, número semelhante ao dos que disseram que aceitariam contanto que estivessem imunizados contra a covid-19 (36,96%); os que aceitariam são 14,62%, e 6,53% não souberam responder.
A PRAE perguntou ainda de que forma os estudantes prefeririam que ocorresse o retorno às aulas presenciais em 2021.2, caso isso viesse a acontecer. A opção por aulas híbridas foi a mais escolhida tanto na graduação (35,97%) como na pós-graduação (33,00%). Parte dos alunos disse não querer voltar "em nenhuma condição" ao ensino presencial em 2021.2 (24,90% na graduação e 29,04% na pós-graduação).
Outra parcela de estudantes (21,63% na graduação e 24,63% na pós-graduação) gostaria do retorno apenas com aulas teóricas on-line e aulas práticas presenciais da mesma disciplina (nos casos de disciplinas teórico-práticas). Querem o retorno "totalmente presencial" 13,62% dos discentes de graduação e 8,27% dos de pós-graduação. Não souberam responder 3,89% (graduação) e 5,07% (pós-graduação).
Veja a íntegra do resultado da pesquisa: estudantes de graduação; estudantes de pós-graduação.
RETORNO GRADUAL E SEGURO ‒ De acordo com o documento orientador, o retorno integral ao formato presencial deverá ocorrer apenas em 2022, caso os índices da covid-19 continuem em declínio e o ciclo de vacinação da comunidade universitária se complete.
Além da pesquisa com estudantes realizada pela PRAE, o documento orientador foi elaborado com base nos planos de retorno previamente enviados pelas unidades acadêmicas, na troca de experiências com outras instituições de ensino superior e na minuta da resolução do Conselho Nacional de Educação (CNE).
Essa resolução do CNE, homologada no dia 5 de agosto pelo Ministério da Educação, institui as diretrizes nacionais para a implementação de medidas no retorno à presencialidade das atividades de ensino e aprendizagem.
Foram considerados, ainda, os documentos oficiais expedidos pelo Estado do Ceará sobre os planos de vacinação e as orientações contidas nos decretos que autorizaram a abertura para o sistema escolar.
Fonte: Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis ‒ e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.