Pesquisadores da UFC ajudam a desvendar detalhes do mecanismo de dormência da tuberculose
- Quarta, 08 Setembro 2021 15:23
A tuberculose (TB) é uma doença que tem desafiado a humanidade há milhares de anos. Com o advento dos antibióticos no século XX, a expectativa era que ela viesse a ser erradicada, mas o que se tem visto é exatamente o contrário: a bactéria responsável pela TB, Mycobacterium tuberculosis, tem ficado cada vez mais resistente, levando cerca de 1 milhão de pessoas à morte a cada ano.
Um dos motivos para o aumento da resistência é o processo de dormência. A bactéria precisa de oxigênio e, para combatê-la, o sistema imunológico humano a envolve em um granuloma como forma de tentar “asfixiá-la” e impedir a chegada de nutrientes.
O problema é que, quando falta oxigênio, uma proteína da micobactéria é acionada e a coloca em modo de “hibernação”. E aí, a bactéria fica em estado de dormência até que uma baixa no sistema imunológico a desperte e a tuberculose volte. Estima-se que um quarto da população mundial possua a bactéria em estado de dormência.
Pesquisadores do Laboratório de Bioinorgânica da UFC, ligado ao Programa de Pós-Graduação em Química, têm dedicado os últimos anos a estudar a TB. E um dos pontos em que conseguiu avançar foi no detalhamento dos mecanismos de funcionamento da DevS, a proteína que aciona o “modo econômico” da micobactéria.
As pesquisas do laboratório mesclam diversas áreas da química em torno de dois temas: sensores biológicos e moléculas terapêuticas. Uma vez que os mecanismos da micobactéria começam a ser desvendados, os pesquisadores da Universidade tentam agora desenvolver compostos que bloqueiem o ponto de ativação da DevS.
Os trabalhos do laboratório vêm sendo reconhecidos pela comunidade científica, inclusive resultando em convite para escreverem artigo de revisão na prestigiada revista Coordination Chemistry Reviews (fator de impacto = 22,315).
A reportagem completa sobre as pesquisas e os avanços na área pode ser lida no site da Agência UFC, o portal de divulgação científica da Universidade.
Fonte: Prof. Eduardo Sousa – e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.