Agência UFC: Pesquisadores utilizam castanha-de-caju na fabricação de placas solares e obtêm maior eficiência e menor custo
- Quarta, 13 Outubro 2021 10:30
O sol abundante durante todo o ano é um aspecto que naturalmente favorece o desenvolvimento da energia solar em território cearense. Agora, pesquisadores da Universidade Federal do Ceará avaliam a implementação de um outro elemento também farto no Estado para tornar esse tipo de energia mais acessível por meio da redução de seus custos de produção: o caju.
Estudo em desenvolvimento usou o líquido da casca da castanha-de-caju (LCC) na fabricação das superfícies que coletam a radiação solar e alcançou resultados promissores, com eficiência até superior às técnicas já utilizadas no mercado.
Resíduo industrial, o LCC é um óleo negro e viscoso obtido através do beneficiamento da castanha-de-caju. Pelo fato de ser um subproduto gerado em grandes volumes, de origem regional e, muitas vezes, descartado, o custo desse líquido no mercado é baixo.
Foi exatamente essa característica mercadológica que motivou o estudo de doutorado de Diego Caitano Pinho, pelo Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Ciência de Materiais. A ideia era buscar um produto mais em conta para substituir as superfícies existentes dos coletores solares de placa plana, estruturas hoje feitas com óxidos que possuem alto custo e são materiais tóxicos.
Os testes mostraram que a superfície com LCC apresentou uma eficiência de 42,86%, superior inclusive à da superfície comercial, cuja eficiência foi de 41,85%. A pesquisa comprovou que o produto é viável e pode funcionar como uma solução satisfatória para redução nos custos dos coletores solares.
A matéria completa sobre a pesquisa está disponível na edição desta semana da Agência UFC, a plataforma de divulgação científica da Universidade Federal do Ceará.
Fontes: Diego Caitano Pinho, doutorando do Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Ciência de Materiais – e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.; Prof. Francisco Nivaldo Aguiar Freire – e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.