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HUWC realiza campanha Março Azul-Marinho sobre prevenção do câncer colorretal

Como parte da conscientização sobre o câncer colorretal, o terceiro tipo mais comum no Brasil, março é conhecido pela cor azul-marinho. Estima o Instituto Nacional do Câncer (INCA) o surgimento de 41 mil novos casos por ano no País, enquanto, no Ceará, para cada 100 mil habitantes, em média, 19,8 homens e 18,8 mulheres terão essa enfermidade. Nesse contexto, o Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC), do Complexo Hospitalar da UFC/EBSERH, inicia uma campanha para sensibilizar a população sobre prevenção e diagnóstico precoce da doença.

O câncer colorretal origina-se no intestino grosso, também chamado de cólon, e no reto, região final do trato digestivo anterior ao ânus. O médico oncologista clínico Duílio Rocha, chefe da Unidade de Oncologia do HUWC, explica que os fatores de risco são sedentarismo, sobrepeso, alimentação pobre em fibras e rica em carnes processadas e vermelhas, exposição à radiação, tabagismo e alcoolismo. As medidas preventivas envolvem principalmente evitar esses fatores, mantendo hábitos de vida saudáveis.

Imagem: Equipamentos médicos, e no centro uma fita azul-marinho (Imagem: Divulgação)

O aparecimento de tumores nessa região é mais comum em pessoas acima de 50 anos de idade. Há casos, ainda, associados à hereditariedade, identificados quando existe um histórico familiar.

Manoel Rodrigues, 62 anos, foi diagnosticado com câncer colorretal em agosto de 2021, após perceber sangue nas fezes. Como parte do tratamento, foi submetido a uma cirurgia em novembro do mesmo ano, para retirada dos tumores que estavam obstruindo seu intestino. Atualmente, segue realizando sessões de quimioterapia, finalizando o ciclo neste mês. O paciente do HUWC reforça a importância de buscar orientação e tratamento de forma precoce. “Sei que é difícil receber o diagnóstico de câncer, mas a gente tem que ir à luta. Confiem nos médicos, não se envergonhem e procurem ajuda. Eu sou testemunha de que é possível vencer”, afirma.

Para ser paciente do Complexo Hospitalar da UFC, é necessário realizar atendimento na Unidade Básica de Saúde (UBS) local e, nessa consulta, ser encaminhado à Maternidade-Escola Assis Chateaubriand ou ao Hospital Universitário Walter Cantídio, através da Central de Regulação do Estado e do Município de Fortaleza.

DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO – Como no caso de Manoel, o surgimento de sangue nas fezes é um dos principais sintomas, como alerta Sthela Murad-Regadas, coordenadora do Serviço de Coloproctologia do HUWC. Destaca a profissional de saúde que outros sinais de alerta são a alteração do hábito intestinal (diarreia, constipação), presença de dor ou massa abdominal, ou dor ao evacuar, mudança nas fezes (cor, espessura), perda de peso e anemia.

Para uma investigação preliminar e preventiva pode ser sugerida a análise de sangue oculto nas fezes. Quando é detectada essa presença, o principal exame mais específico é a colonoscopia, que permite avaliar toda a extensão do intestino grosso em busca de lesões que, caso existam, serão analisadas em biópsia. Também pode ser feita a retossigmoidoscopia, exame para percepção de alterações na parte final do intestino. O acompanhamento médico determinará os passos para diagnóstico e procedimentos a serem feitos.

Segundo o oncologista Duílio Rocha, esse é um tipo de câncer com alta chance de cura, principalmente se identificado no estágio inicial. A cirurgia é o principal caminho para que o tumor seja retirado, mas também há possibilidade de ser realizada radioterapia e quimioterapia, além do auxílio de medicamentos no tratamento. “Com essas medidas conseguimos curar com muita segurança”, ressalta.

Fonte: Unidade de Comunicação Social do Complexo Hospitalar da UFC/EBSERH – fones: (85) 3366 8577 e 3366 8183

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