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Terça, 03 Mai 2022 07:31

Embora seja uma técnica comum na pecuária, o pastoreio – criação do gado doméstico de modo livre – pode causar danos ao meio ambiente, sobretudo ao solo: ao permitir a circulação dos animais e o consumo da vegetação nativa por eles, o método, se utilizado de forma indiscriminada, pode acelerar a degradação do solo nos locais onde é utilizado.

A extensão desses danos a longo prazo, porém, ainda não é completamente compreendida, considerando aspectos físicos, biológicos e químicos dos solos. Dando alguns passos no sentido de preencher essas lacunas, há uma pesquisa desenvolvida nos Departamentos de Biologia (Centro de Ciências) e de Ciências do Solo (Centro de Ciências Agrárias) da Universidade Federal do Ceará.

O estudo enfoca a caatinga, bioma que costuma sofrer com as consequências do sobrepastoreio (quando o solo e a vegetação estão expostos ao pastoreio por longo período, impedindo a recuperação do ambiente) e já rendeu dois artigos publicados nos periódicos Microbiological Research e Land Degradation & Development (2021).

Os resultados da pesquisa apontam que, enquanto áreas que foram submetidas ao pastoreio prolongado apresentam maiores níveis de sódio, alumínio e condutividade elétrica, outras que passaram por processo de recuperação natural tiveram melhora em todos os parâmetros estudados, considerando propriedades químicas e a microbiota, com maior riqueza de bactérias promotoras do crescimento de plantas.

Os detalhes sobre o estudo estão disponíveis na matéria desta semana da Agência UFC, canal de divulgação científica da Universidade.

Fontes: Profª Vânia Melo, do Departamento de Biologia – e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.; Prof. Arthur Prudêncio, do Departamento de Ciências do Solo – e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.