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Doutoranda da Odontologia integra pesquisa internacional que mimetiza tecidos ósseos em chips

Uma estudante do Programa de Pós-Graduação em Odontologia da Universidade Federal do Ceará foi selecionada como uma das participantes do projeto Organs-on-a-chip, da Oregon Health and Science University (EUA), voltado ao desenvolvimento de chips que mimetizam componentes humanos para o estudo de doenças.

A pesquisadora Maria Elisa Quezado Lima Verde é doutoranda, sob a orientação da Profª Ana Paula Negreiros Nunes, da UFC. Na instituição dos Estados Unidos, a aluna cumpre, até janeiro de 2023, parte do seu doutorado sob a supervisão do Prof. Luiz Eduardo Bertassoni, pesquisador de referência na área de engenharia de tecidos. A pesquisa de doutorado-sanduíche se desenvolve no âmbito do Programa Institucional de Internacionalização (PRINT) da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).

Imagem: A doutoranda Maria Elisa Quezado Lima Verde com as plataformas de organs on-a-chip; a do lado direito foi desenvolvida durante o projeto da pesquisadora (Foto: Arquivo pessoal)

O conceito de organs-on-a-chip baseia-se no desenvolvimento de tecidos ósseos em chips, para que os componentes celulares e extracelulares da matriz óssea sejam simulados. A tecnologia pode ser útil para estudar o processo de metástase, por exemplo, caracterizado pela migração de células cancerígenas de um órgão do corpo a outro.

“O projeto permite observar a interação das células de câncer com o osso em tempo real, além de ver como essa célula interage com as células do osso e do vaso sanguíneo biomimético. Isso pode explicar inclusive por que alguns cânceres têm uma ‘predileção’ pelo tecido ósseo em quadros de metástase”, detalha Elisa.

A atuação da pesquisadora no projeto rendeu-lhe a escolha como uma das palestrantes do Oregon Bioengineering Symposium (Simpósio de Bioengenharia de Oregon), evento anual realizado também nos Estados Unidos, no qual houve a oportunidade de apresentar os resultados da pesquisa.

“Para mim, aprender todas essas técnicas tem sido uma experiência incrível. A gente sabe que muitos estudos in vitro têm suas limitações, mas conseguir replicar a complexidade da matriz extracelular e dos componentes celulares ósseos abre um leque de oportunidades para aplicar esse modelo no estudo de diversos tipos de câncer e futuramente de terapias antineoplásicas direcionadas”, projeta a pesquisadora.

Destacando o pioneirismo da tecnologia desenvolvida, Elisa acredita que a pesquisa tem o potencial de fortalecer ainda mais a ciência desenvolvida na Universidade e no Ceará. “Além disso, espero que, expandindo os conhecimentos no entendimento dessas doenças, se consiga fazer a diferença e ajudar o maior número de pessoas possível”, finaliza.

Fonte: Programa de Pós-Graduação em Odontologia – e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. 

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