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Dia Nacional dos Animais é marcado na UFC por homenagens a grupos de protetores; ações de bem-estar foram discutidas em evento

O Dia Nacional dos Animais foi celebrado na Universidade Federal do Ceará na tarde dessa terça-feira (14) com uma homenagem aos grupos protetores de animais atuantes na Instituição: União Felina, que desenvolve ações no Campus do Benfica, e Animais Universitários, no Campus do Pici Prof. Prisco Bezerra. 

Iniciativa da Prefeitura Especial de Gestão Ambiental/UFC Infra, a ação ocorreu no Condomínio de Empreendedorismo e Inovação (CEI), no Pici, e contou com a presença dos integrantes dos movimentos sociais e do secretário da Coordenadoria Especial de Proteção e Bem-Estar Animal (COEPA) da Prefeitura de Fortaleza, Marcel Girão.

Imagem: Davi Cândido, do União Felina, Raquel Dantas, da PEGA/UFC, Eduardo Palheta, da PEGA/UFC, e Taíse Praxedes, do Animais Universitários

O encontro teve início com a fala do superintendente de Infraestrutura e Gestão Ambiental da UFC, Eduardo Palheta. Parabenizando a atuação dos voluntários, Palheta destacou a importância da troca de ideias entre Universidade e grupos de bem-estar animal. “Esse é um problema que a gente vai resolver de médio a longo prazo, então buscamos ouvir as pessoas e receber sugestões; esse é o primeiro de muitos outros encontros que podemos ter. Gostaríamos de agradecer o grandioso trabalho de vocês, que é muito merecedor dessa homenagem”, afirmou.

Em seguida, o servidor técnico-administrativo Davi Cândido, que coordena o grupo União Felina, falou aos presentes. Criado em 2015, o projeto possui voluntários nas áreas 1 e 2 do Centro de Humanidades; no Departamento de Arquitetura, Urbanismo e Design; na FEAAC e na Reitoria. Atualmente, assiste 85 gatos e quatro cães nesses locais através do fornecimento de alimentação, castração, cuidados de saúde e campanha de adoção responsável. 

Veja outras imagens do evento no Flickr da UFC

“O ideal é que esses animais não estivessem em situação de rua. Há pessoas que acham que por eles estarem dentro da UFC não estão em situação de rua, mas eles estão, sim, expostos a maus-tratos, espancamentos, atropelamento, doenças e envenenamento. A gente tem consciência de o que fazemos é algo paliativo, porque é preciso mesmo uma política pública e de conscientização ambiental”, enfatizou.

Logo após, a coordenadora do Animais Universitários (AU), Taíse Praxedes, expôs os dados sobre o projeto. Em funcionamento desde 2018, o AU contempla os animais do Campus do Pici e hoje possui mais de 50 voluntários. Segundo a coordenadora, o movimento chegou em 2022 às marcas de 500 castrações e mais de 800 adoções, todavia com os casos de abandonos constantes os números de animais no campus seguem elevados. “Ainda temos uma grande quantidade de animais em situação crítica e um dos nossos objetivos é não romantizar um projeto desse tipo. A gente está aqui porque existe um problema e o ideal era que ele não existisse. Vale dizer que os maus-tratos são constantes e os finais felizes são exceções”, declarou Taíse.  

Voluntária falando para plateia

Segundo censo anual de animais feito pelo AU, em 2022 havia no Campus do Pici 81 gatos e 30 cães, quantidade essa impactada pelos abandonos semanais que ocorrem no local. “Não são apenas as pessoas de fora do campus que abandonam, mas há casos de alunos, técnicos e professores que fazem isso também. A falta de educação ambiental em nossa sociedade se reflete nessa quantidade de abandonos, então é preciso um envolvimento da comunidade para que essa torneira feche. A gente só consegue diminuir a quantidade de animais no campus de duas formas: ou com a adoção responsável ou, infelizmente, esperar que aquele animal morra. Então é algo que não se resolve da noite pro dia, deve ser feita essa conscientização”, pontuou.

Salientou ainda a voluntária que as ações do grupo têm como alvo a adoção. “Não existe nada de positivo dos animais estarem dentro do campus, e o que procuramos é promover um mínimo de bem-estar para a gente conseguir chegar no objetivo final que é a adoção responsável”.

POLÍTICAS PÚBLICAS – Um dos parceiros do projeto Animais Universitários é a Coordenadoria Especial de Proteção e Bem-Estar Animal (COEPA), da Prefeitura de Fortaleza. O secretário Marcel Girão esteve no encontro e apresentou dados relacionados às ações para o público em geral e as conjuntas, voltadas para os animais da UFC, como a disponibilização do equipamento VetMóvel, que realiza consultas, castrações, vacinações e testes. 

Secretário Marcel Girão

De acordo com o gestor, há mais de 50 mil animais abandonados na cidade de Fortaleza, o que demanda políticas públicas de proteção animal robustas para a Capital. “A Prefeitura tem feito essa parceria com a UFC, e a Universidade está de parabéns. Há alguns anos a gente não via esse movimento de proteção animal e o que vemos aqui é sinal de que a nossa sociedade tem evoluído. Que bom que chegou o momento da causa animal estar cada vez mais presente aqui, assim como ocorre em outros países, e devemos caminhar nesse sentido”, avaliou.

No encontro foram também discutidas estratégias de cuidado dos animais, a compra de equipamentos para o auxílio da captura, bem como a proteção dos membros da comunidade acadêmica de ataques de animais ferais. Ao final, foi feita a entrega de uma placa em homenagem às ações dos grupos de voluntários.  

SAIBA MAIS – Para mais informações sobre a atuação, como contribuir com doações, voluntariar-se nos grupos de proteção animal ou mesmo adotar um animal basta acessar os perfis no Instagram do União Felina e do Animais Universitários

Fonte: Prefeitura Especial de Gestão Ambiental / UFC Infra – e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

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