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Sexta, 28 Abril 2023 08:44

O Centro de Excelência em Políticas Educacionais (CENPE) da Universidade Federal do Ceará, localizado no Campus do Pici Prof. Prisco Bezerra, recebeu terça e quarta-feira (25 e 26) uma equipe do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA, na sigla em inglês), vinculado à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Na ocasião, foi realizado um workshop no qual professores da rede estadual de ensino do Ceará tiveram contato com uma nova ferramenta digital de avaliação educacional.

Trata-se da Plataforma para Avaliações de Aprendizagem Inovadoras (PILA, na sigla em inglês), que vem sendo desenvolvida pela OCDE. Ela oferece um conjunto abrangente de ferramentas para projetar tarefas digitais, coletar informações sobre as atividades dos alunos, analisar os dados e produzir relatórios de desempenho. Todos os dados coletados por meio do projeto são disponibilizados aos pesquisadores de forma anônima para promover avanços nas pesquisas sobre aprendizagem.

“O principal potencial dessa ferramenta é demonstrar que podemos também avaliar algo que não é muito presente nos testes tradicionais. Precisamos testar outras competências, como a capacidade de os estudantes pensarem de forma criativa, trabalharem criticamente com as informações, aprenderem por si mesmos e resolverem problemas com os quais ainda não haviam deparado antes”, disse o analista sênior do PISA/OCDE, Mario Piacentini, que participou do workshop.

Segundo o analista, a PILA é justamente uma forma de experimentar essas novas avaliações, que são mais envolventes para os estudantes, uma vez que são semelhantes a jogos, promovendo a aprendizagem de forma lúdica. Ele se disse também impressionado com o que o Ceará tem feito no campo da avaliação educacional. “O Ceará está fazendo algo incrível. É um lugar que usamos na OCDE como um exemplo do que se pode fazer se você tiver suficiente vontade política, liderança e um bom quadro de professores”, pontuou.

PARCERIA – O evento realizado no CENPE/UFC foi articulado pelo Instituto Unibanco, que é parceiro da OCDE no desenvolvido da PILA. As três instituições se aproximaram por desenvolverem atividades e pesquisas de destaque no campo da avaliação voltada à educação.

“Existem grandes desafios na área educacional: como avaliar melhor, como identificar competências e como melhorar o aprendizado, coisas do tipo. A OCDE e o Instituto Unibanco estão pensando nisso. O CENPE está fazendo a mesma coisa, com as nossas próprias plataformas. Então existe uma interação e vimos que há muitas intersecções e possibilidades de cooperação”, disse o vice-coordenador do CENPE, Prof. Joaquim Bento.

A coordenadora de Articulação e Disseminação de Conhecimento do Instituto Unibanco, Djana Contier Fares, destacou que o evento foi uma oportunidade para aproximar ainda mais os grupos de pesquisa da OCDE e do CENPE, bem como a Secretaria da Educação do Ceará (SEDUC), que desde o ano passado participa dos testes da nova ferramenta por meio dos professores da rede estadual.

“Nessa plataforma as tarefas são mais lúdicas, mais dinâmicas, têm um design mais atrativo, algo diferente de fazer uma prova de teste apenas com pergunta e resposta. É um ambiente mais atrativo para os alunos participarem”, reforça Djana. Outro ponto forte da PILA, de acordo com ela, é que os professores podem usar os dados para tomar decisão e para auxiliar os alunos no processo de aprendizagem. “Não é uma avaliação que só mede no fim do ciclo, mas conduz os alunos ao longo do processo”, acrescenta.

Os professores que participaram do workshop irão utilizar a PILA em suas atividades de ensino-aprendizagem ao longo dos próximos meses. Em julho, a plataforma deverá estar disponível para todos os professores.

MAIS POSSIBILIDADES – A Profª Cenira Santiago, da rede estadual de ensino, disse que a formação ampliou sua visão em relação ao potencial das plataformas. “Acredito que favorece a aprendizagem. Como professora de Biologia, essa ferramenta é uma aliada. Posso incorporar o pensamento computacional e a plataforma nas minhas aulas”, disse a docente, que leciona na Escola de Ensino Médio de Tempo Integral (EEMTI) Poeta Otacílio Colares, em Fortaleza. O professor de Informática Robson Palhano, da EEMTI Júlia de Melo, em Cascavel, também citou que planeja utilizar os novos conhecimentos em suas aulas.

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Fonte: Centro de Excelência em Políticas Educacionais (CENPE) – e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.