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Cenário mais favorável para a pesquisa no Brasil é destacado no encerramento do III Workshop de Biotecnologia em Produtos Farmacêuticos

O aumento nos valores das bolsas de mestrado e doutorado e o maior aporte de recursos para a pesquisa por meio do descontingenciamento do Fundo Nacional do Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), com recursos da ordem de R$ 10 bilhões, apresentam um cenário mais favorável para o desenvolvimento da ciência e da tecnologia no Brasil, no momento atual. É o que afirmou, na última sexta-feira (26), o presidente do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (CONFAP), Odir Dellagostin, durante o encerramento do III Workshop de Biotecnologia em Produtos Farmacêuticos, realizado no Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento de Medicamentos (NPDM) da Universidade Federal do Ceará, em Fortaleza.

Imagem: auditório com plateia e palestrante falando ao microfone

O presidente do conselho abriu a mesa-redonda “Os desafios de construir um futuro sustentável” falando da realidade atual do fomento à pesquisa e à inovação em âmbito federal e dos orçamentos para investigações científicas das agências federais, assim como do perfil das agências estaduais de amparo à pesquisa. Ao destacar o que definiu como crise financeira nas agências federais nos últimos anos, Dellagostin afirmou que há uma mudança na conjuntura, especialmente com as perspectivas de recursos do FNDCT, que estavam bloqueados para a ciência e tecnologia. “O governo atual já garantiu que vai colocar à disposição o montante total arrecadado por esse fundo, e isso nos dá uma perspectiva muito animadora e muito favorável. Eu acho que vamos ter dias melhores pela frente”, adiantou.

Também integrante da mesa, o gerente do Departamento Regional Nordeste da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), Paulo José Resende, apresentou as oportunidades de captação de recursos tanto para pesquisadores como para empresários. Ele ressaltou a importância de que os projetos não só sejam brilhantes, em termos de inovação, como também estejam bem escritos, para a garantia do financiamento. “É importante que as instituições trabalhem na governança, garantindo bons projetos de pesquisa para competir por financiamento”, apontou.

Imagem: homem branco com cabelos pretos, blusa branca, fala ao microfone em avento

A mesa teve prosseguimento com a fala do coordenador-geral de Ações Estratégicas em Pesquisa Clínica do Ministério da Saúde, Evandro de Oliveira Lupatini. O coordenador apresentou as ações de fomento a pesquisas em saúde, ressaltando como esses estudos podem beneficiar os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo ele, as pesquisas nessa área atuam como um dos vetores do desenvolvimento socioeconômico do País.

O coordenador de Inovação Tecnológica da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), Josenir Maia, que também é empreendedor, discutiu os desafios e possibilidades de estar na academia, mas também desenvolver trabalhos inovadores no mercado. Ele ressaltou a importância das atividades de extensão das universidades em aproximar a academia da realidade da comunidade e apontou o empreendedorismo como um dos caminhos para reduzir o desemprego entre pessoas com formação superior.

Por fim, o fundador e coordenador do Centro de Empreendedorismo (CEMP) da UFC, Prof. Abraão Freires Saraiva Júnior, citou as diferentes iniciativas de empreendedorismo da UFC, incentivando tanto alunos como professores na busca de caminhos por meio da transferência de tecnologia entre universidade e mercado.

Imagem: Mulher branca de cabelos brancos fala ao microfone com banner de evento ao fundo

"O evento foi muito gratificante do ponto de vista de que a gente conseguiu agrupar pesquisadores no mesmo propósito, o que conjectura a possibilidade de montarmos redes colaborativas, que é isso que o País espera nos próximos anos”, avalia a coordenadora do evento, Profª Cláudia do Ó Pessoa. Segundo ela, o workshop foi importante para que os pesquisadores observassem que a pesquisa feita no âmbito da universidade pode, sim, tornar-se inovação. “E para que isso chegue no setor produtivo, é necessário nos conhecermos”, defende.

Após a mesa, o encontro trouxe em sua conferência de encerramento a Profª Vicky Avery, da Universidade de Griffith, na Austrália. Ela tratou do modelo bem-sucedido de parceria entre governo, academia e indústria para a descoberta de medicamentos naquele país

Fonte: Profª Cláudia do Ó Pessoa, da coordenação do III Workshop de Biotecnologia em Produtos Farmacêuticos – e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. 

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