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Grupo de pesquisa da UFC lidera Rede de Estudos da Ciência da Informação sobre Desinformação

A parceria entre a Universidade Federal do Ceará e o Supremo Tribunal Federal (STF) já rende frutos no tocante ao combate à desinformação. Fundada em dezembro de 2022, a Rede de Estudos da Ciência da Informação sobre Desinformação (RECIDES) reúne pesquisadores de cerca de 10 instituições brasileiras que estudam e desenvolvem ações em torno da temática.

“A ideia de estruturar a rede surgiu após a parceria do grupo de pesquisa Competência e Mediação em Ambientes de Informação (CMAI) da UFC com o Programa de Combate à Desinformação do STF”, informa Gabriela Farias, docente do Departamento de Ciências da Informação (DCINF) e presidente da RECIDES.

Imagem: Sobre fundo branco, o nome Rede de Estudos da Ciência da Informação em Desinformação, em caixa alta na cor laranja. Abaixo, a sigla RECIDES

A professora destaca que a desinformação evidenciou novas dinâmicas comportamentais e práticas adotadas pela sociedade, provocando uma crise não só da democracia mas também acerca da liberdade de expressão e seus limites, assim como da privacidade, do sigilo e do compartilhamento de dados.

“Entendemos que é necessário compreender esses elementos e como eles interferem na política, na economia e na sociedade para desenvolver ações voltadas para o desenvolvimento de habilidades informacionais e midiáticas, como também proporcionar ambientes que gerem uma consciência crítica sobre o consumo e a apropriação da informação”, aponta.

A rede se propõe desenvolver pesquisas, publicações e eventos que tenham o objetivo de estudar e combater a desinformação. Também foi criada para buscar articulações sociais e políticas com o objetivo de estabelecer parcerias não só científicas mas que tenham aplicabilidade no cotidiano da sociedade, assim como servir de contato entre estudiosos da ciência da informação e de áreas próximas que pesquisam o tema.

Os trabalhos da rede são desenvolvidos a partir de três eixos temáticos: competência, comportamento e práticas em informação (centrado no indivíduo e nas instituições); comunicação e fontes de informação (focado no fluxo comunicacional e informacional); e economia política da informação (centrado nas relações sociais).

Imagem: quatro pessoas posam para foto, sendo dois homens e duas mulheres

Além da UFC, integram a RECIDES grupos de pesquisa da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) e das federais de Rondônia (UNIR), de Santa Maria (UFSM), de Minas Gerais (UFMG), de Sergipe (UFS), do Rio de Janeiro (UFRJ) e do Rio Grande do Sul (UFRGS). Também fazem parte dos quadros da rede pesquisadores do Centro Universitário Augusto Motta (UNISUAM) e da Universidade Federal da Paraíba (UFPB).

AÇÕES – A RECIDES encerra o mês de junho com diversas atividades na bagagem. Nos dias 21 e 22 deste mês, integrantes da rede e do CMAI/UFC participaram do I Workshop da Área de Comunicação e Informação sobre Regulação de Empresas de Plataformas de Comunicação, realizado em São Paulo, com o objetivo de articular ações referentes ao Projeto de Lei nº 2.630/2020 (conhecido como PL das Fake News), que tramita no Congresso Nacional.

A rede também esteve presente no CMAI Talks, evento on-line realizado CMAI às quintas-feiras pelo Grupo de Pesquisa Competência e Mediação em Ambientes de Informação da UFC com o objetivo de apresentar os grupos de pesquisa que integram a RECIDES. Os encontros começaram no dia 15 de junho e vão até 6 de julho, com transmissão ao vivo às 16h30min pelo Canal Plurissaberes no YouTube. Os debates já realizados seguem disponíveis no canal.

Imagem: foto de jovens de blusa verde estão de costas, observando uma mulher loira, jovem apresentar um trabalho em frente ao data show

SAIBA MAIS – Desde maio de 2022, o CMAI/UFC passou a integrar o Programa de Combate à Desinformação (PCD) do Supremo Tribunal Federal (STF), que tem o objetivo de “enfrentar os efeitos negativos provocados pela desinformação e pelas narrativas odiosas à imagem e à credibilidade da Iistituição, de seus membros e do Poder Judiciário, a partir de estratégias proporcionais e democráticas, a fim de manter a projeção da Corte acerca das liberdades de comunicação”.

Desde então, o CMAI vem realizando atividades no âmbito do programa. Além da criação da RECIDES, o grupo de pesquisa da UFC desenvolve workshops em escolas para discutir a temática da desinformação e das fake news. Ao todo, o CMAI já visitou seis instituições culturais e de ensino de Fortaleza, totalizando 561 jovens, com idades de 10 a 18 anos, diretamente envolvidos nas ações do grupo.

Fontes: Profª Gabriela Farias, presidente da RECIDES e líder do CMAI – e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.; Profª Giovanna Guedes, líder do CMAI – e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

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