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Quinta, 17 Agosto 2023 09:07

A Universidade Federal do Ceará celebrou, na tarde desta quarta-feira (16), o lançamento de oito livros que integram o Projeto Editorial 2023 da Editora Imprensa Universitária. Na solenidade, que reuniu autores e suas famílias e autoridades políticas e acadêmicas no auditório da Reitoria, também foram anunciados os próximos lançamentos editoriais da Instituição.

Foram lançadas, pela coleção Alagadiço Novo, as obras Europa, França e Ceará: origens do capital estrangeiro no Brasil, de Denise Mattos Monteiro, e A sedução da gravura e o museu da Universidade Federal do Ceará, de Sandra Nancy Ramos Freire Bezerra; pela coleção Intérpretes do Ceará, as obras História da comissão científica de exploração, de Renato Braga, e Geografia estética de Fortaleza, de Raimundo Girão; pela coleção Caminhos do Povoamento, os livros Ferrovias no Ceará, de Rubismar Marques Galvão, Ferrovias de papel, de Raimundo Jucier Sousa de Assis, e O espaço a serviço do tempo: a estrada de ferro de Baturité e a invenção do Ceará, de Ana Isabel Ribeiro Parente Cortez Reis. Também foi lançada a obra avulsa Modelos animais: da legislação à experimentação científica, organizado por Mirele da Silveira Vasconcelos, Dirce Fernandes de Melo, Diana Célias S. Nunes-Pinheiro, Maria Izabel Florindo Guedes, Ana Cláudia Marinho da Silva e Luciana Maia Moser .

O diretor da Imprensa Universitária da UFC, Joaquim Melo de Albuquerque, iniciou a cerimônia afirmando que a data é um marco para a memória dos que fazem a Imprensa Universitária e dos que fazem a própria UFC. “Falamos da construção de uma identidade editorial robusta, representativa dos valores da nossa Universidade”, defendeu. Ele destacou que o lançamento de livros é o momento de celebrar a criação, a disseminação e a divulgação do conhecimento. “É também uma conquista, um sonho que se realiza, uma alegria de poder materializar os pensamentos e ideias daqueles que pesquisam e constroem o conhecimento. Enfim, uma festa!”

O pró-reitor de Pesquisa e Planejamento da UFC, Almir Bittencourt, destacou que, mesmo em meio a um período de restrição orçamentária que se iniciou em 2015 nas universidades federais brasileiras, a UFC não deixou de investir na cultura. “Seguimos o espírito do reitor Martins Filho, fundador desta Universidade, de dar transparência e publicidade às obras produzidas aqui”, salientou. Segundo ele, a cerimônia marcou o início de uma fase de lançamentos, que deverá continuar nos próximos anos.

Alguns dos novos lançamentos foram adiantados pelo presidente do Conselho Editorial da UFC, Paulo Elpídio de Menezes Neto. Eles incluem, além de outros títulos nas coleções acima citadas, novas coleções, como a comemorativa dos 170 anos de nascimento de Capistrano de Abreu, de 200 anos da Confederação do Equador e do centenário de Eduardo Campos. 

O presidente do conselho relembrou que a UFC trouxe, quando de sua fundação, o projeto originário de uma gráfica e, com ela, de um projeto editorial cuja identidade foi cedo fixada nos estudos do Ceará e do Nordeste. “Numerosas coleções foram publicadas, das quais não foram poucos os títulos consagrados a questões econômicas e sociais de abrangência regional”, destacou Paulo Elpídio, que também foi reitor da UFC. “Ao assumir a Presidência do Conselho Editorial, foi-me dada a oportunidade de recompor o modelo implantado quatro décadas antes e restabelecer, assim, na sua estrutura, a estreita associação entre o projeto editorial da UFC, a infraestrutura gráfica e o sistema de distribuição comercial”, relatou.

Em seu discurso na cerimônia, Paulo Elpídio tratou da “revolução digital”, argumentando que ela não representa o fim do livro como o entendemos. “O livro não desaparece, neste formidável impacto de mudanças impositivas e inesperadas, por uma razão simples: ‘O livro é o meio’, para lembrar McLuhan, para quem, afinal, ‘O meio é a mensagem’. O livro continua o mesmo, no conteúdo da informação que compartilha com o receptor, menos no continente”, analisou.

O reitor Cândido Albuquerque encerrou a cerimônia afirmando que as novas publicações “retomam a grandeza editorial que marcou o princípio da UFC. Resgatamos obras que só a Universidade pode fazer, que só revelam a sua grandeza se forem publicadas pela Universidade. Esse evento é uma reverência à cultura cearense. A UFC é a casa da cultura cearense”, defendeu.

Estiveram presentes também à mesa da cerimônia o editor da Fundação Waldemar de Alcântara e ex-governador do Ceará, Lúcio Alcântara, e o incentivador e colaborador da Imprensa Universitária, Geová Sobreira. 

Fonte: Imprensa Universitária – e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.