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UFC obtém aprovação de cinco projetos com soluções inovadoras em edital do Programa Centelha

Cinco propostas inovadoras em diversas áreas, apresentadas por docentes, servidores técnico-administrativos e alunos da Universidade Federal do Ceará, foram aprovadas no edital da segunda edição do Programa Centelha no Ceará. O programa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) é executado no Ceará pela Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FUNCAP).

A Profª Maria da Conceição Ferreira de Oliveira, titular da Coordenadoria de Empreendedorismo e Inovação da Pró-Reitoria de Relações Interinstitucionais (PROINTER) da UFC, afirma que “o Programa Centelha é considerado uma ‘semente’ para estimular o empreendedorismo inovador” e destaca o fato de servidores técnico-administrativos e alunos de pós-graduação estarem liderando iniciativas como coordenadores de projetos aprovados.

Imagem:  Os projetos aprovados propõem soluções inovadoras em diferentes áreas do conhecimento para questões da sociedade (Foto: Freepik)

Nesse sentido, ela salienta que “ter projetos de membros da comunidade acadêmica na lista de aprovados não só confirma o papel da UFC no incentivo ao empreendedorismo acadêmico inovador como estimula as ações internas de capacitação da comunidade no desenvolvimento de soluções para resolver problemas da sociedade”.

Confira os projetos inovadores aprovados:

CheMall inovações para laboratórios LTDA – Proponente: Sueslley Gurgel Guimarães Rodrigues, mestre e doutorando pelo Programa de Pós-Graduação em Química da UFC

Sueslley Gurgel explica que o CheMall se trata de uma plataforma de e-marketplace voltada para químicos. Tem como objetivo “agilizar os processos envolvidos na busca por insumos laboratoriais para usuários. No caso dos fornecedores, tem como proposta de valor facilitar que eles cheguem até seus públicos diminuindo o custo de aquisição de clientes (CAC)”. Para execução da iniciativa, serão liberados R$ 42.840,00 e mais recursos para as bolsas que foram solicitadas.

A equipe do projeto é bem diversificada e envolve integrantes que não são alunos da UFC. Os quatro sócios principais, informa Sueslley, são ele, como CEO; Carlos Alberto Florêncio Filho, técnico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e mestrando do Programa de Pós-Graduação em Química da UFC; Nicaely Maria de Oliveira Pereira, mestre em Química Orgânica pelo Programa de Pós-Graduação em Química e atualmente doutoranda vinculada ao Instituto de Química da Universidade de São Paulo (USP); e Pedro Ítalo Campos da Silva, graduando em Engenharia de Software pelo Campus da UFC em Russas. Além desses, também contam com dois voluntários, Kamille Braga Fernandes, graduanda em Química Industrial pela UFC, e Emerson Sousa dos Santos, graduando em Contabilidade pela UniChristus.

Compartilha – Proponente: Lívia Rodrigues Barreto, servidora técnico-administrativa (TAE) no cargo de engenheira de produção do Parque Tecnológico da UFC

O projeto da startup Compartilha teve origem quando Lívia Rodrigues Barreto era estudante de mestrado e técnica-administrativa no cargo de engenheira de produção da Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA). O trabalho teve os professores da UFERSA Breno Barros e Fábio Fontes como orientador e coorientador, respectivamente, e foi voltado para um “modelo matemático de otimização para compartilhamento de hemocomponentes entre hemocentros, a fim de reduzir o desperdício dos componentes de sangue, aumentando a disponibilidade desses produtos para a população”, conta ela.

Lívia e o Prof. Breno Barros tornaram-se servidores da UFC. Ela lotada no Parque Tecnológico, e ele no Departamento de Engenharia de Produção. Junto com Mateus Marques, mestre em Ciência da Computação pela UFERSA, implementaram o sistema web da startup que surgia: a Compartilha, projeto aprovado no Centelha. Neste mês de outubro, eles já realizaram teste-piloto do sistema web na rede do HEMOCE.

Com a aprovação no programa Centelha, a equipe vai receber R$ 86 mil, para aplicação no período de 1 ano na compra de equipamentos, desenvolvimento de novas funcionalidades no sistema e apresentação do sistema em outras redes de hemocentros da Federação. Segundo Lívia, a equipe se uniu com a decisão de “tirar suas pesquisas da gaveta e trazer uma transformação para a sociedade. Entendemos que a Compartilha vem surgindo e se fortalecendo em cada uma dessas conquistas e dessas capacitações”.

Produção de nanofertilizantes a partir de garrafas PET e biomassa – Proponente: Tiago Melo Freire, servidor técnico-administrativo (TAE) do Departamento de Química-Analítica e Físico-Química, doutor em Química pela UFC e docente categorizado como jovem doutor no Programa de Pós-Graduação em Química da UFC

A ideia do projeto, explica Tiago, é transformar garrafas pet, de lixões, em nanopartículas que vão ser utilizadas como potencializadoras da fotossíntese de plantas, atuando na melhoria da qualidade, da saúde e da produtividade delas. O projeto também prevê a criação de nanopartículas, com o mesmo fim, a partir de biomassa proveniente de restos de alimentos, como alface, tomate e outros, além de rejeitos provenientes da agroindústria, como o caroço do açaí.

A equipe de integrantes da UFC é formada por Tiago Melo, como proponente e coordenador, pelo Prof. Pierre Basílio Almeida Fechine, e pelo TAE Afrânio Cunha, todos do Departamento de Química-Analítica e Físico-Química.

Com relação aos recursos, Tiago informa que consta a liberação de R$ 60 mil para projeto mais R$ 26 mil em bolsas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O prazo de execução do projeto é de 12 meses.

Prify: plataforma para compartilhamento privado de dados – Proponente: Felipe Timbó Brito, doutor em Computação recém-formado (agosto de 2023) e pesquisador do Laboratório de Sistemas e Bancos de Dados (LSBD), vinculado ao Departamento de Computação da UFC

“Nossa solução auxilia empresas a compartilhar ou comercializar dados pessoais. A iniciativa é a única no Brasil que viabiliza garantias formais de privacidade (utilizando a técnica de privacidade diferencial). Ao mesmo tempo assegura que os dados serão úteis para tomadas de decisão assertivas, em respeito, assim, à Lei Geral de Proteção de Dados e a privacidade dos titulares do dado”, explica Felipe Timbó sobre o projeto que coordena.

Além dele, como proponente da solução inovadora e desenvolvedor de software, fazem parte da equipe o Prof. Javam Machado, do Departamento de Computação, que atuará como gestor do projeto; o Prof. Victor Farias, do Departamento de Finanças da UFC; e Iago Chaves, estudante de doutorado do Departamento de Computação da UFC, que atuarão como pesquisadores e desenvolvedores de software. Para esse projeto serão liberados cerca de R$ 40 mil. O prazo de execução é de um ano. Outras informações podem ser acessadas no site da plataforma.

Sensoriamento óptico de armazenamento em tanques de hidrogênio – Proponente: Antônio Jefferson Mangueira Sales, pesquisador e colaborador do Laboratório de Telecomunicações e Ciência e Engenharia de Materiais (LOCEM), vinculado ao Departamento de Física da UFC

Conforme esclarece o pesquisador, “o sensoriamento óptico em tanques de hidrogênio é uma ideia inovadora que vai usar o efeito [denominado] upconversion/downconversion para verificação do nível de hidrogênio dentro dos tanques de hidretos metálicos que comportam hidrogênio em estado sólido”.

Além de Antônio Jefferson Mangueira Sales, sócio da empresa Sales Nanotech (ganhadora da chamada Centelha), que atuará na coordenação e execução do projeto, a equipe é integrada pelo Prof. Antônio Sérgio Bezerra Sombra, coordenador do LOCEM da UFC, onde será executado o projeto; João Paulo Costa do Nascimento, pós-doctor do LOCEM; e Natália Dantas Gomes de Souza, colaboradora no LOCEM, os dois atuarão no desenvolvimento experimental do projeto.

O projeto receberá recursos de custeio no valor de R$ 60 mil mais uma bolsa. O recurso será utilizado para a compra de equipamentos e reagentes necessários para execução do projeto. O prazo de desenvolvimento é de 12 meses

SAIBA MAIS – O Programa Centelha é promovido pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e pela Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), tendo ainda como parceiros o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (CONFAP) e a Fundação CERTI-Centros de Referência em Tecnologias Inovadoras. No Ceará, como mencionado, o programa é executado pela FUNCAP.

Fonte: Profª Maria da Conceição Ferreira de Oliveira, titular da Coordenadoria de Empreendedorismo e Inovação da Pró-Reitoria de Relações Interinstitucionais (PROINTER) da UFC – e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

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