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Comitiva da UFC visita embarcação autônoma Energy Observer, primeiro navio movido a energias renováveis e hidrogênio verde do mundo

Um grupo de estudantes e pesquisadores da Universidade Federal do Ceará realizou, no último sábado (18), visitação acadêmica ao Energy Observer, primeiro navio autônomo movido pela combinação de energias renováveis e hidrogênio verde do mundo, de propriedade da multinacional francesa Qair. A embarcação ancorou no final de semana no Marina Park, em parada única no Brasil, quando esteve aberto a visitas de instituições de ensino e empresas. Fortaleza foi escolhida por sediar a subsidiária da Qair no País.

Imagem: Vista frontal do catamarã Energy Observer, navio autônomo em energia da multinacional francesa Qair. (Foto: George Lucas/ FIEC)

No total, foram disponibilizadas 48 vagas para a UFC na visita, 24 das quais para a comunidade acadêmica em geral e 24 especificamente para o Instituto de Ciências do Mar (LABOMAR), devido à expertise da unidade acadêmica em oceanografia e ciências marinhas. Além das duas turmas da Universidade, foram convidados também o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), a Universidade Estadual do Ceará (UECE) e a Universidade de Fortaleza (UNIFOR). Durante a semana, escolas de ensino fundamental e médio também serão contempladas com agendamentos.

Segundo a vice-reitora Diana Azevedo, que participou da programação, a atividade foi um exemplo real da integração dos conceitos de energias renováveis às iniciativas de mobilidade. “A importância dessa visita ao Energy Observer é que se trata de uma aproximação com o objetivo de letramento da sociedade sobre esses temas, tanto que as universidades e escolas participantes se comprometeram a realizar em suas instituições, nos próximos meses, atividades dentro das suas expertises sobre os conceitos compartilhados na visitação”, relatou a gestora.

A diretora do LABOMAR, Lidriana Pinheiro, conta que a Universidade foi procurada pela Qair para ser uma das prestigiadas com a ação de divulgação científica. “Essa visita consistiu em uma ação de conscientização sobre transição energética, na qual alunos e pesquisadores receberam informações sobre o funcionamento de embarcações movidas a hidrogênio verde. Para os estudantes, foi uma oportunidade de ver pessoalmente um navio inteiramente movido por essas energias limpas. O LABOMAR recebeu o convite em função da nossa dedicação a esses temas e também por estarmos na Década das Nações Unidas de Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável, também conhecida como ‘Década dos Oceanos’”, explica a diretora.

Imagem: Grupo de 13 pessoas, dentre elas a vice-reitora Diana Azevedo, posa no ancoradouro durante visita ao navio Energy Observer. (Foto: Divulgação)

Em declaração à imprensa local na chegada do equipamento, Emmanuel Lenain, Embaixador da França no Brasil, disse que o catamarã Energy Observer demonstra a extensão do know-how francês em tecnologias limpas e inovadoras. “Com o Brasil sediando a COP-30 em 2025, e a França a próxima Conferência das Nações Unidas sobre os Oceanos, nossos dois países estão afirmando suas ambições de proteger o meio ambiente. Essa questão é central para o relançamento da cooperação entre a França e o Brasil”, afirmou.

O navio, lançado em abril de 2017, é o primeiro do mundo a possuir autonomia de energia, graças a uma combinação de energias renováveis (energia eólica, solar fotovoltaica e hidrelétrica) e H2V, produzido a bordo do próprio equipamento. Trata-se de um laboratório flutuante com a finalidade de educação e pesquisa em transição energética, que atualmente realiza uma expedição de sete anos ao redor do globo.

De acordo com a Qair, patrocinadora oficial da “odisseia” do Energy Observer que ainda perdura até o ano que vem, além das fontes de energias mencionadas, o navio possui um sistema de alimentação que inclui dois tipos de armazenamento de energia (baterias de íons de lítio para o curto prazo e tanques de hidrogênio para o longo prazo). O hidrogênio utilizado é produzido via eletrólise a partir da própria água do mar.

Fonte: Instituto de Ciências do Mar (LABOMAR) - e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

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