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COVID-Box: pesquisadores da UFC e EBSERH desenvolvem equipamento de proteção para cirurgias e intubação

Imagem: Profissionais de saúde usam Covid-Box durante operação (Foto: Divulgação)Uma equipe de pesquisadores da Universidade Federal do Ceará e da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) desenvolveu um equipamento de proteção de baixo custo que já vem sendo utilizado em procedimentos cirúrgicos e em processos de intubação no Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC).

O equipamento chama-se COVID-Box e é uma caixa composta por uma armação de aço inox esterilizável, revestida por um plástico estéril descartável. No plástico, são feitas aberturas laterais que garantem o acesso do médico ao paciente, preservando ergonomia e segurança.

A COVID-Box foi desenvolvido pelos professores Welington Alves, Márcio Studart e André Alencar, todos da Faculdade de Medicina da UFC. Também participaram da elaboração do projeto a enfermeira Eliane de Paula, chefe do centro cirúrgico e da sala de recuperação do HUWC, e equipes da engenharia clínica do Hospital, além de outros médicos do HUWC que compõem o Time de Via Aérea Cirúrgica COVID-19. 

Em todo o mundo, procedimentos que envolvem as vias aéreas, como a intubação de pacientes e as traqueostomias, são considerados momentos críticos, uma vez que os profissionais de saúde ficam mais expostos a aerossóis dos pacientes, pequenas partículas portadoras do novo vírus que ficam em suspensão no ar.

Por isso, diversos centros têm apresentado projetos de equipamentos de segurança. A maioria, no entanto, tem desenvolvido dispositivos de proteção em barreira, mas com o uso de materiais rígidos, como acrílico. A estrutura em aço inox e o revestimento em plástico da COVID-Box, no entanto, barateiam o custo do equipamento, além de permitirem mais movimentação das mãos, graças à maior maleabilidade do lençol plástico utilizado no dispositivo.

Segundo o Prof. Wellington Alves, no HUWC já foram construídos sete equipamentos COVID-Box, o que permitiu a realização de 18 traqueostomias até o momento (a maioria delas, em pacientes com o novo coronavírus). Também foram realizadas cirurgias como a remoção de parte da língua de um paciente em função de um câncer, além de cirurgias de neoplasias que envolvem a base do crânio. Vale ressaltar que, no período da pandemia, apenas as cirurgias consideradas essenciais vêm sendo realizadas no HUWC.

O equipamento tem tido reconhecimento acadêmico internacional. Um artigo foi recentemente aceito pela revista Auris Nasus Larynx, periódico internacional na área de otorrinolaringologia/cirurgia de cabeça e pescoço. Com a publicação, espera-se ajudar pesquisadores e profissionais de saúde na linha de frente da pandemia ao redor do mundo a enfrentar o problema.

Fonte: Coordenadoria de Comunicação Social e Marketing Institucional – e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

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