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Divulgados resultados das pesquisas sobre a situação da comunidade universitária na pandemia

Mãos digitando no teclado de um notebookOs desafios e as possibilidades que estudantes e servidores docentes e técnico-administrativos da Universidade Federal do Ceará têm encontrado na nova rotina gerada pela pandemia da covid-19 encontram-se mapeadas. Por meio de pesquisas realizadas ao longo do mês de maio, a UFC gerou dados que irão nortear a busca de estratégias mais acertadas para dar continuidade às suas ações diante deste momento complexo, de forma a reduzir os impactos para os integrantes da comunidade universitária.

Os questionários, disponibilizados via Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas (SIGAA) da UFC, foram respondidos por 10.069 estudantes, 996 docentes e 328 servidores técnico-administrativos da Instituição. Os resultados trazem dados sobre a realidade de acesso à Internet, a habilidade com ferramentas digitais, as estratégias que vêm sendo tomadas para a realização de atividades remotas e as condições de saúde das pessoas que integram a UFC. Os programas de pós-graduação da UFC também responderam a um levantamento, realizado pela Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, durante o mês de maio, sobre as suas atividades de pesquisa no contexto da pandemia.

"A Universidade está adotando várias medidas para a realização de práticas remotas e também para o acolhimento dos servidores e estudantes quando o período de retorno às atividades presenciais chegar", informa o reitor da UFC, Prof. Cândido Albuquerque, ao destacar a importância da pesquisa na definição das medidas a curto e médio prazos a serem tomadas pela administração superior.

DADOS DOS ESTUDANTES – A grande maioria dos estudantes da UFC tem encontrado meios de navegar na Internet durante o período de isolamento social, conforme o levantamento. Perguntados sobre qual a forma de acesso à rede durante o isolamento social, apenas 1% respondeu que não tem nenhum acesso. Outros 13% informaram que só utilizam a rede por meio de pacote de dados 3G e 4G. O restante acessa a rede via rádio ou por banda larga a cabo ou fibra ótica.Dados sobre estudantes

O questionário, portanto, mostra que as condições de acesso são bastante variadas. Antes da pandemia, por exemplo, 22% tinham como principal local de conexão à Internet a Universidade. Para outros 7%, era o trabalho ou o estágio e, ainda para 3%, era a casa de amigos ou parentes. Os que tinham a própria casa como principal local de acesso respondem por 65% das respostas.

Quando perguntados sobre a velocidade da banda larga que utilizam, 6% disseram não ter esse tipo de conexão, e outros 3% só conseguem acesso com velocidade inferior a 1 Mbps. Sobre os equipamentos disponíveis para uso imediato, 69% dos alunos responderam dispõem de notebook ou computador com Internet, sejam eles pessoais ou compartilhados. Outros 23% só usam a rede por meio de celulares ou tablets pessoais, e 5% compartilham estes últimos dispositivos com outros integrantes da família.

Diante desse cenário plural, a administração superior da Universidade iniciou mecanismos para garantir um acesso mais democrático à Internet. Para a parcela de estudantes que não contam com qualquer meio disponível de acesso à rede na atual conjuntura, a Universidade também já tem ações programadas. “Para esse público, a UFC está providenciando um auxílio emergencial com pacotes de dados que permitirá a participação nas ações on-line”, garante o reitor Cândido Albuquerque.

Ele ainda explica que, no momento em que as atividades presenciais voltarem a ser viáveis, haverá uma melhor infraestrutura de acesso para a comunidade. “Com os recursos financeiros extras obtidos pela Universidade, ocorrerá a distribuição de computadores em várias unidades, como ft 200602 docentes peqas residências universitárias e bibliotecas, aumentando as opções de uso de ferramentas tecnológicas na Instituição”, acrescenta o reitor.

CORPO DOCENTE – O levantamento feito com o corpo docente ativo na Instituição revelou que 95% dos professores consideram satisfatórias suas habilidades no mundo digital, levando em conta o universo de respondentes. Deste grupo, 42% deram continuidade ao conteúdo das disciplinas, adaptando-as ao formato digital.

A maioria dos professores (60%) é usuária frequente do Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas (SIGAA) da UFC, conforme a pesquisa. A plataforma, inclusive, é o principal recurso utilizado por eles para manter as interações com as turmas de alunos. Outros recursos que vêm sendo bastante usados neste período de quarentena pelos docentes são e-mail, ferramentas para realização de reuniões virtuais como Google Meet, Zoom e salas de webconferência da RNP, além de aplicativos em celular e tablet.

SERVIDORES TÉCNICO-ADMINISTRATIVOS – A alteração de rotina para o trabalho remoto exigiu rápida adaptação dos servidores técnico-administrativos da UFC, já que 77% dos respondentes desse grupo nunca havia utilizado antes a metodologia. Hoje, o WhatsApp tornou-se o maior aliado na realização das atividades, sendo usado por 77% dos servidores desse grupo em suas rotinas laborais. O Google Meet também tem sido uma alternativa para 16% deles.

Apesar de tantas mudanças, um percentual de 66% dos técnico-administrativos considera satisfatória a sua qualidade de vida neste período de pandemia; outros 23% se posicionam de forma neutra sobre essa questão. Um total de 76% também afirmou considerar satisfatórias as políticas de enfrentamento à covid-19 empreendidas pela UFC.Dados sobre os técnicos-administrativos

"Os docentes e técnicos também estão recebendo ações formativas para o uso das novas tecnologias digitais de informação e comunicação", reforça o reitor Cândido Albuquerque, destacando medidas de integração ao mundo digital que vêm sendo apresentadas aos servidores diante das novas necessidades que surgiram para o trabalho com o cenário de pandemia.

SAÚDE DA COMUNIDADE – A garantia da saúde física e psicológica da comunidade universitária é uma das grandes preocupações da administração superior da UFC e pautará quaisquer medidas futuras a serem aplicadas neste momento de crise sanitária. Os questionários respondidos pela comunidade mostram que 43% dos respondentes do grupo de docentes apresentam ao menos algum tipo de comorbidade (como doenças cardiovasculares, renais, respiratórias ou autoimunes, diabetes, hipertensão, câncer, obesidade etc.), que podem agravar os sintomas provocados pelo novo coronavírus. Entre os servidores técnico-administrativos, essa taxa é ainda maior: 64%. Já entre os estudantes, o percentual é de 31%.

Em relação a problemas de ordem psicológica, os mais afetados são estudantes, com 22% respondendo que apresentam quadro de depressão causado pela pandemia. A mesma resposta foi dada por 9% dos servidores técnico-administrativos. A UFC tem intensificado ações que buscam auxiliar a comunidade interna e externa à Instituição a lidar com esse período de quarentena. Uma delas é o atendimento psicológico on-line gratuito, que é uma iniciativa do Laboratório de Estudos em Psicoterapia, Fenomenologia e Sociedade (LAPFES), ligado ao Departamento de Psicologia.

Já o Projeto Integrado de Pesquisa e Extensão em Perda, Luto e Separação (PLUS+), do Departamento de Enfermagem, tem mantido atendimento de modo virtual, por meio de videoconferências, chamadas de voz e mensagens por WhatsApp, com orientações sobre autocuidado para pessoas em situação de perda, luto e separação, problemas acentuados com a crise da covid-19.

"Ninguém ficará de fora e daremos o máximo acolhimento às diferentes demandas e cenários para garantir a saúde da comunidade acadêmica e a qualidade do ensino, pesquisa, extensão e gestão da Universidade Federal do Ceará", sustenta o reitor Cândido Albuquerque.

Fonte: Coordenadoria de Comunicação Social e Marketing Institucional da UFC – e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

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