Especialistas reconhecem a importância de Raimundo Cela para a arte brasileira
- Quinta, 29 Setembro 2016 17:28
Ao apreciarem os desenhos, gravuras e pintura de Raimundo Cela, especialistas do universo das artes presentes na abertura da exposição no Museu Nacional de Belas Artes foram unânimes em reconhecer a qualidade e a importância da obra do mestre.
"Ele é um ótimo aquarelista e desenhista. E as pinturas são de bom nível também. Esse resgate é importante, para mostrar que o Ceará também teve artistas de peso", diz Joel Coelho, coordenador da coleção Roberto Marinho, citando também Antônio Bandeira como outro grande nome cearense.
Para o diretor do Museu Histórico Nacional, Paulo Knauss, a exposição de Raimundo Cela contribui para ampliar a percepção e o conhecimento sobre o País. "Essas imagens nos ajudam a pensar o Brasil de um outro ponto de vista, diferente de Rio e São Paulo, e para não termos uma visão redutora do Nordeste, que tem várias faces." Citando o exemplo da jangada, ele diz que a histórica embarcação tem potencial para ser não apenas um símbolo local do Ceará, mas sim nacional. "É um artista espetacular. O trabalho dele é muito lindo. É uma pintura que merece ser mais valorizada pelo grande público", recomenda Knauss.
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O presidente do Instituto Dragão do Mar, Paulo Linhares, participou da abertura da exposição representando o Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, que cedeu parte das obras que compõem a mostra. "O Cela é, talvez, o pintor mais querido do Ceará, ao lado do Antônio Bandeira. Ele pintou os arquétipos da gente cearense e pintou a luz do Ceará", disse Linhares, citando a claridade que Cela tão bem demonstrou em grande parte de sua produção. "Com essa exposição, Raimundo Cela se torna, definitivamente, um mestre brasileiro", concluiu.
A curadora da exposição, Denise Mattar, diz que um dos méritos de Cela foi deixar de representar o nordestino como o sertanejo miserável e faminto, para mostrar o trabalhador forte, imponente e decidido do litoral, em meio à luz intensa das praias cearenses e ao céu equatorial. As composições de Cela, na avaliação dela, são plenas de ritmo e emoção. "Elas reúnem a precisão do engenheiro à sensibilidade do artista, o épico ao cotidiano, a precisão do desenho à energia da cor."
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